Com sua posição na parte inferior da classificação quase confirmada na metade da temporada passada, a Williams optou por mudar o foco para carro de 2023, antes da maioria de seus concorrentes.
2022 foi o pior ano da Williams desde a temporada 2020, e seus dias de conquista de títulos, ou mesmo de vitórias em corridas, parecem ter acontecido há muito tempo.
Eles terminaram 2022 com apenas oito pontos marcados e em último lugar na classificação entre as equipes. Cientes da situação já na metade da temporada, a equipe optou por mudar o foco para 2023, com o ex-chefe do time, Jost Capito, afirmando na época, que não fazia sentido continuar trabalhando em um carro que está tão atrás do resto do pelotão.
“Quando você vê a partir daí que logo depois, a diferença para a nona e a oitava posição é muito grande, não faz sentido colocar esforço no carro daquele ano”, disse Capito, conforme o Motorsport.com.
“Você ficaria em 10º de qualquer jeito e perderia o esforço no carro do próximo ano. Então, quando vimos que seríamos 10º, não importava qual seria a diferença, colocamos todo o esforço no carro do ano seguinte. Foi o que fizemos logo após a grande atualização em Silverstone”, disse Capito.
Se Capito estiver correto e a equipe realmente tenha começado a trabalhar no carro de 2023 logo após Silverstone, isso significaria que eles teriam começado em julho, dando a eles sete meses antes da apresentação de seu novo carro, prevista para fevereiro próximo.
Esse trabalho será necessário, já que 2023 representa uma temporada de mudanças para a Williams, com o piloto Nicholas Latifi saindo e dando lugar para o novato Logan Sargeant, além da saída inesperada de Capito com um substituto ainda a ser anunciado.
Antes de deixar a equipe, Capito observou que eles ainda precisavam se concentrar no longo prazo e não no curto prazo. “Ainda não estamos lá, onde os outros estão”, disse o alemão.
“É por isso que precisa muito da visão de longo prazo até ficar equilibrado. Você diz: ‘oh, agora todos vocês têm o mesmo dinheiro, então todos devem estar no mesmo nível’, não, as equipes entraram em níveis diferentes no limite de custo.”
“Vemos que a Williams antes do limite de custo quase não teve nada para investir por anos. Então a equipe ficou para trás. Agora, para ficar em dia com a mesma quantia que todo mundo tem, a situação não se resolve apenas jogando dinheiro nisso”, concluiu Capito.