O diretor técnico da Red Bull Racing, Pierre Wache, acredita que a velocidade de adaptação de Max Verstappen às pistas da Fórmula 1 é uma ‘vantagem absurda’ que o holandês possui sobre os outros pilotos.
Desde a volta do efeito solo em 2022, a parceria entre Red Bull e Verstappen se transformou em uma das mais bem-sucedidas da F1. Mesmo com domínio absoluto na temporada passada, onde a Red Bull venceu todas as corridas menos uma (GP de Singapura, vencido por Carlos Sainz da Ferrari), Verstappen ainda terminou o campeonato com impressionantes 290 pontos a mais que o companheiro de equipe Sergio Perez.
Apesar do abandono na Austrália, Verstappen lidera o campeonato de pilotos em 2024, graças às vitórias no Bahrein e na Arábia Saudita.
Para Wache, um dos maiores pontos fortes de Verstappen é a facilidade com que ele aprende os limites de cada circuito nos finais de semana de corrida. “Ele ama correr, tem um talento incrível e sente o limite do carro perfeitamente. Antes de começar a trabalhar com ele, nunca havia visto um piloto que chegasse ao limite logo na primeira volta.”
“Isso realmente lhe dá uma vantagem absurda, principalmente porque os testes hoje em dia são bem limitados. Também é uma vantagem para nós termos um piloto que consegue levar o carro ao limite imediatamente. Além disso, ele é bom em pilotar o carro como piloto e como engenheiro, pois está constantemente procurando maneiras de melhorar o carro. A vitória não é suficiente para ele, ele sempre quer mais, assim como o resto da equipe. Ele não descansa depois de uma vitória, ele continua em frente”, afirmou Wache.
O domínio de Verstappen começou de fato no GP da Bélgica de 2022, quando rumores de que uma mudança nas regras no meio da temporada prejudicaria a Red Bull foram dissipados. Naquela ocasião, o holandês largou em 14º devido a uma penalidade de grid, mas venceu a corrida com uma folga de 17,8 segundos.
Questionado sobre o desempenho de Verstappen em Spa-Francorchamps, Wache explicou: “Max é muito rápido nessa pista. Além disso, o RB18 também se adequou perfeitamente ao circuito. Esses dois aspectos fizeram a diferença na Bélgica. O fato de ainda haver muitos carros sofrendo com o ‘porpoising’ naquele momento também desempenhou um papel, já que é aí que pode surgir o problema com a geração atual de carros.”
“Na verdade, ganhamos uma vantagem sobre a concorrência porque as regras ficaram mais rígidas. Portanto, podemos falar de um ponto de virada naquele final de semana. De fato, a Ferrari tinha o carro mais rápido no início de 2022. Extraímos todo o potencial do carro em Spa, mesmo com a FIA tornando as regras mais rígidas em relação ao assoalho do carro. Essa mudança acabou nos dando uma vantagem ainda maior sobre a concorrência. Já não estávamos sofrendo tanto com o ‘porpoising’, e a partir dali, a diferença entre nós e a Ferrari ficou ainda maior”, finalizou o diretor da Red Bull.
Fonte: f1mania