F1: Villeneuve teve dificuldade para entender a velocidade do carro atual de Fórmula 1


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O ex-piloto e campeão da Fórmula 1 em 1997, Jacques Villeneuve afirmou que seu teste em Monza esta semana a bordo do carro 2021 da Alpine, o A521, proporcionou uma experiência muito diferente da F1 que ele conhecia, e deixou seu cérebro ‘com dificuldade para compreender’ a velocidade e a aderência de um carro atual da categoria.

A Alpine convidou Villeneuve para experimentar seu carro de 2021, após o GP da Itália no último final de semana, com o canadense tendo se preparado no simulador da equipe em Enstone.

Mas a experiência na pista provou ser um desafio para Villeneuve, que correu com a equipe francesa, ainda sob o nome Renault em 2004

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“Isso me deixou doente!”, disse ele sobre o simulador, ao RacingNews 365. “Quando você pisa no pedal do freio, seu cérebro acha que você está em um carro de F1, esquece que você está em um simulador. Ele entende que você está recebendo a força G, quando não está recebendo.”

“Em vez de sentir o peso dos cintos, você recebe o peso do assento, é o oposto do que você deveria sentir. É quando o cérebro diz: ‘Opa, algo está errado aqui, como se você tivesse pegado alguns cogumelos ou algo assim’. É por isso que o cérebro tenta deixá-lo doente, ele acha que você tomou algo que não deveria”, disse ele rindo.

“Desde que seu cérebro possa dissociar o real do simulador, então você está bem, é quando você o torna tão real, que seu cérebro considera que você está em um carro de corrida”, acrescentou.

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Sem se deixar intimidar pela experiência no simulador, Villeneuve se apresentou na quarta-feira em Monza, pronto para ir para a pista, com Esteban Ocon da Alpine no local para oferecer ao ex-piloto de 51 anos alguns conselhos úteis.

Villeneuve ficou impressionado com a velocidade e aderência do A521, mas o canadense, que se aposentou da F1 em 2006, também ficou surpreso com a memória muscular que ele manteve ao longo dos anos

“O carro é realmente muito estável, é bastante simples de pilotar, mas há muita aderência”, disse ele. “A velocidade… seu cérebro realmente luta para compreender isso. Você está ‘pregado’ no chão e parece que está assistindo a um filme enquanto avança. É realmente impressionante.”

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“Depois das voltas no simulador e vendo Esteban e Fernando (Alonso) pilotando, vi onde estava o ponto de frenagem. Eu pensei: ‘Ok, seu cérebro se lembra de tudo: as linhas de corrida e qualquer coisa de 15 a 16 anos atrás’. Mesmo as placas de frenagem onde você deve frear, como você deve fazer, está tudo lá.”

“Então essa memória não se foi. Mas quando você vai com essa memória, você pisa no freio e termina de frear, a curva ainda está a 50 metros de distância!”, disse ele.

Villeneuve reconheceu que suas voltas, durante as quais aparentemente conseguiu tempos de volta razoavelmente bons, produziu bastante tensão física.

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“Mesmo sem frear, parece que um pára-quedas está freando o carro”, disse ele, aludindo à enorme carga aerodinâmica do carro da Alpine.

“Não me lembro de ter tido a oportunidade de pilotar um carro tão estável. Eu estava com medo de não conseguir manter minha cabeça erguida, mas consegui. Esta noite… estou morrendo de dor!”, finalizou o canadense.

Essa experiência de Villeneuve, um ex-piloto que foi campeão de F1, demonstra que ao contrário do que algumas pessoas afirmam, mesmo que seja aparentemente ‘fácil’ pilotar um carro de Fórmula 1, isso está muito longe da verdade.

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