A Ferrari, chefiada por Frederic Vasseur, emitiu um alerta preocupante sobre as consequências da penalização ‘jocosa’ imposta à Red Bull por sua transgressão ao limite de orçamento da Fórmula 1 em 2021. A equipe sediada em Milton Keynes foi considerada culpada por ter ultrapassado o limite de 145 milhões de dólares em 2021, resultando em uma multa de 7 milhões de dólares e uma redução de 10% de tempo no túnel de vento em 2023.
Essa penalidade dada à Red Bull foi vista como muito branda, e com rumores de que outras transgressões ao limite de gastos no ano passado tenham ocorrido, preocupações surgiram sobre a eficácia do sistema de penalização.
Vasseur abordou essas preocupações ao falar com o La Gazzetta Dello Sport e afirmou: “Uma penalidade como a do ano passado realmente não é severa. Se fosse necessário novamente, essa penalidade deveria ser muito mais pesada. Você tem que ter em mente que uma vantagem técnica se traduzirá em uma vantagem esportiva. Portanto, a penalidade deve ser esportiva e não uma multa.”
“No futebol, se você usa a mão, é uma penalidade… eles não lhe dão uma penalidade não-esportiva. A dedução de 10% do tempo no túnel de vento é uma grande piada. Eles já fizeram a maior parte do trabalho até então”, disse o chefe da Ferrari.
Vasseur continuou: “Uma violação de 5% no teto de orçamento não é pequena, é grande. Se você tem um orçamento de 135 milhões de dólares, 80 milhões já vão para a folha de pagamento, outros 20 milhões para custos de corrida, materiais, e assim por diante. Fazer quatro chassis no início da temporada também custa cerca de 20 milhões de dólares. Então você já chega a cerca de 120-125 milhões de dólares. Isso é mais ou menos igual para todos.”
“Isso deixa cerca de 10 milhões de dólares para desenvolvimento. Se você ultrapassar seu orçamento por alguns milhões, então você não deve olhar para o total de 135 milhões de dólares, como tem sido dito. Não devemos varrer isso para debaixo do tapete, porque então você corre o risco de discutir isso à mesa. Há uma grande diferença entre um erro inocente ou uma escolha”, acrescentou.
“Um pouco como alguém cometendo um erro em sua declaração de imposto de renda, em comparação com uma empresa arranjando algo para evitar impostos em um paraíso fiscal. Devemos ser rigorosos: isso se trata do futuro do limite orçamentário. Caso contrário, todos farão a mesma coisa. Então você libera orçamento para pagar a penalidade e diz ‘amém’. Os grandes construtores podem pagar por tudo isso”, finalizou Vasseur.
Fonte: f1mania
