Toto Wolff, chefe da equipe Mercedes na Fórmula 1, defendeu uma postura mais cautelosa diante das recentes discussões sobre uma possível mudança antecipada nas regras dos motores, que entrarão em vigor no próximo ano. Para ele, é hora de ‘pausar’ os debates e aguardar os resultados práticos do novo regulamento.
“Precisamos apertar o botão de pausa, ver como será 2026. Os motores serão 50% elétricos. Isso é algo sofisticado e desafiador”, disse Wolff a jornalistas no paddock do Bahrein. “Mas se funcionar, seremos pioneiros. A partir daí, podemos pensar nos próximos passos e no que é relevante para os carros de rua”.
O dirigente austríaco também destacou que o espetáculo da Fórmula 1 deve pesar tanto quanto a relevância tecnológica na hora de definir os rumos da categoria. “O que importa também é o show. Pode parecer que relevância para a indústria é tudo para os fabricantes, mas o entretenimento tem o mesmo peso nas nossas decisões.”
Mesmo deixando em aberto a possibilidade de revisão futura do regulamento, Wolff defende que qualquer alteração só deve ocorrer após a vigência completa do novo ciclo técnico. “Estamos abertos a discutir qual deve ser a próxima especificação dos motores”, acrescentou.
Atualmente, o novo regulamento de unidades de potência para a Fórmula 1 que entra em vigor em 2026, está firmado até o final de 2030. A introdução do novo conjunto híbrido no próximo ano é considerada um passo significativo na transição energética do esporte, sendo uma das razões pelas quais montadoras como Honda e Audi decidiram permanecer ou ingressar na categoria.
Mesmo com o apoio declarado de Mercedes, Honda e Audi, rumores indicam que Red Bull e Ferrari estariam dispostas a considerar uma mudança precoce de filosofia dos motores, possivelmente em direção aos V10 aspirados, como vem sendo muito comentado nas últimas semanas. O motivo exato para esse interesse não foi confirmado, mas se especula que a alta complexidade e os custos do desenvolvimento dos novos motores híbridos, sejam fatores relevantes, especialmente diante do teto orçamentário imposto desde 2021 na categoria.
A adoção de medidas de controle financeiro tem sido apontada como essencial para manter a competitividade e a saúde das equipes na F1. Nesse cenário, qualquer alteração técnica significativa deve levar em conta tanto os aspectos financeiros quanto o impacto no valor da categoria, principalmente no que diz respeito à permanência de grandes fabricantes.
🎥 Vídeos mais recente
Fonte: f1mania