Um potencial novo GP, dessa vez na Tailândia, pode tirar um circuito europeu tradicional do calendário anual da Fórmula 1.
Christian Estrosi, prefeito de Nice, disse ao jornal L’Equipe esta semana, que a França precisa sediar um GP, depois que a prova de Paul Ricard, promovida por ele, saiu do calendário após a edição de 2022.
Ele foi encarregado pelo governo federal de preparar um estudo de viabilidade para o possível retorno de um GP de F1 na França, talvez nas ruas de Nice.
No entanto, os planos para levar a F1 para a Tailândia estão bem mais avançados. O CEO da F1, Stefano Domenicali, se reuniu com o primeiro-ministro tailandês em abril para discutir uma possível corrida de rua na capital, Bangkok.
O premiê tailandês, Srettha Thavisin, esteve em Ímola no último final de semana e confirmou ter conversado com executivos do Grupo Fórmula 1. “Isso se encaixa com nossa política de colocar a Tailândia no radar global para eventos e atividades internacionais”, acrescentou o primeiro-ministro.
Um novo GP da Tailândia aumentaria o calendário para 25 GPs, algo que Domenicali diz não querer.
Angelo Sticchi Damiani, chefe do Automóvel Clube da Itália (ACI), está, portanto, preocupado com o destino dos dois GPs no país em Ímola e Monza.
O contrato do icônico circuito de Monza com a F1, termina no ano que vem, com grandes obras de reconstrução em andamento para modernizar o autódromo italiano.
“Quando tivermos a certeza do governo sobre a possibilidade de financiamento público, poderemos tentar chegar a um acordo com a Fórmula 1”, disse Sticchi Damiani, segundo o La Gazzetta dello Sport. “Estamos visando um contrato de dez anos, no modelo recentemente inaugurado pela Hungria.”
Sticchi Damiani disse ter notado a presença do primeiro-ministro tailandês em Ímola no último final de semana.
“Estamos em um contexto onde tudo está mudando rapidamente”, disse ele. “O primeiro-ministro de um país asiático que quer a F1, esteve presente em Ímola. A questão é que, por um lado, a Liberty Media está pressionando para a F1 correr em lugares que podem oferecer serviços de hospitalidade que podem ser vendidos por grandes somas, em particular o Paddock Club. Por outro lado, a maior parte da competição vem da Europa, onde teremos Madri entrando e duas grandes nações como França e Alemanha não têm um GP, mas estão pressionando. Resumindo, fazer previsões é inútil. Precisamos ser realistas e entender que precisamos agir rapidamente e que o tempo não está do nosso lado”, concluiu Sticchi Damiani.
Fonte: f1mania