F1: Steiner gostaria de ler uma autobiografia de Wolff. Adiantamos algumas coisas


O chefe da Haas, Guenther Steiner, se tornou escritor quando escreveu um diário que foi transformado em livro, e que chegou às prateleiras no mês passado, o ‘Surviving to Drive’.

Steiner afirmou que há outro chefe de equipe na Fórmula 1, que ele gostaria que escrevesse sua própria autobiografia, o chefe da Mercedes, Toto Wolff.

A série da Netflix ‘Drive to Survive’, mostra os muitos desafios que entram no dia a dia de um chefe de equipe na F1, e ninguém pode afirmar que teve um ano mais variado e desafiador para gerenciar do que Steiner.

O chefe da Haas tem feito uma espécie de turnê para promover seu livro, e no último final de semana, ele falou com o jornal Miami Herald, onde foi questionado sobre quais memórias de outros chefes de equipe ele gostaria de ler.

“Toto Wolff, porque muitos de nós não sabemos de onde ele realmente vem. Ainda há algum mistério aí. Eu sei bastante sobre onde ele estava antes da F1, então se ele colocar isso no papel, eu gostaria de ler”, afirmou Steiner.

Sobre seu próprio livro, Steiner afirmou: “A ideia não partiu de mim. Eu era contra a ideia de fazer uma autobiografia, porque não havia coisas interessantes suficientes para escrever e não queria fazer o que todo mundo faz. Eu não estava pronto para isso, e eles tiveram a ideia de ‘um ano de Guenther como chefe de equipe’, e eu gostei muito mais.”

Com relação à história de Toto Wolff, que Steiner gostaria de ver em um livro, podemos adiantar algumas coisas que normalmente não são muito divulgadas ou conhecidas.

Wolff é sem dúvida um dos rostos mais famosos do paddock da F1, e tendo acabado de bater a marca de bilionário, ele também é um dos mais ricos.

Mas não se sabia muito sobre o jovem austríaco quando ele se envolveu com a categoria em 2009, como acionista da Williams. Muito antes de sua ‘aventura’ na equipe baseada em Grove, Wolff nasceu e foi criado em Viena, filho de mãe polonesa e pai romeno, mas uma tragédia atingiria sua família ainda jovem, quando seu pai foi diagnosticado com câncer no cérebro. Toto tinha apenas oito anos na época.

“A minha infância foi muito prejudicada por meu pai estar muito doente, tudo o que me lembro quando era criança. Ele ficou doente por dez anos antes de morrer”, disse Wolff ao Insider em 2021.

“Obviamente, só podemos falar sobre nós mesmos e sempre há o risco de que nossas próprias percepções e perspectivas as vejamos como verdades absolutas, mas não existem verdades absolutas e só posso ver coisas da minha infância. Um menino que está vendo seu pai em uma condição degradante, é algo que sempre vai te afetar e vai ficar comigo para sempre”, afirmou Wolff.

Essa perda alimentou a busca incansável de sucesso de Wolff, que focou primeiro no mundo das finanças, onde ele abandonou a universidade e montou sua própria empresa de investimentos, a Marchfifteen, em 1998.

Tendo feito vários bons investimentos e até fundado uma empresa de tecnologia de capital aberto, Wolff partiu para outra de suas paixões, o automobilismo.

Ele também não era um novato total na indústria. No início dos anos 2000, ele começou a se destacar como piloto de carros esportivos, e garantiu uma vitória nas 24 Horas de Nurburgring em 1994.

Sua carreira de piloto chegaria ao fim em 2009, quando ele sofreu uma grave lesão ao volante de um Porsche 911 RSR em Nurburgring Nordschleife. Batendo na parede com uma força de 27G, Wolff teve sorte de sair com vida e afirmou que não podia cheirar ou provar nada por seis meses, tendo perdido o olfato e o paladar (que retornaram um pouco depois).

Nesse mesmo ano, ele se envolveu na F1, mas no nível da diretoria, e não na garagem. Ele comprou uma participação de 16% na Williams e foi nomeado diretor executivo em 2012.

Em janeiro do ano seguinte, ele deixou a Williams para assumir a mesma função na Mercedes, e como parte dessa mudança, Wolff comprou 30% da equipe de Fórmula 1, o que viria a ser um negócio muito lucrativo à medida que seu sucesso aumentava.

Wolff vendeu o restante de suas ações da Williams em 2016, mas continua não apenas como chefe de equipe e CEO da Mercedes, mas também como um terceiro proprietário ao lado de Daimler e Jim Ratcliffe, dono da INEOS.

Fonte: f1mania

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