F1: Sir Jackie Stewart relembra perigos de seu tempo na categoria


Em 30 de dezembro, o ex-piloto e tricampeão de F1, Sir Jackie Stewart, lançará um documentário sobre sua carreira na categoria. Ele conversou com o PlanetF1, e falou sobre algumas coisas que viveu.

O fato de haver muitas mortes e ferimentos graves a cada temporada, não era surpreendente naquela época, dada a forma como as corridas eram realizadas. Stewart correu na F1 de 1965 até 1973. “Naquela época, nunca parávamos uma corrida. Nós passávamos através do fogo em caso de um acidente com incêndio. Todos eram amigos, essa era a grande coisa naqueles dias. Todos nós saímos de férias juntos. Jochen (Rindt) e Piers Courage, Jimmy Clark e Graham (Hill). E Bruce McLaren, também. Passávamos muito tempo juntos e realmente tínhamos um grande grupo de pessoas e, infelizmente, muitos morreram”, disse o tricampeão.

As pistas eram verdadeiras armadilhas mortais, assim como os próprios carros. Ele continuou: “Não havia áreas de escape, não havia barreiras deformáveis. Nos cockpits do carro, estávamos sentados em tanques de combustível o tempo todo, literalmente completamente sob suas pernas.”

O escocês também foi um proeminente defensor do fechamento de alguns circuitos muito perigosos, como Nürburgring (especialmente a parte de Nordschleife) e Spa (Bélgica). Eele também se refere ao acidente de Niki Lauda em 1976 no parte de Nordschleife em Nürburgring. “A coisa de que mais me orgulho foi fechar Nürburgring, porque na minha época era absolutamente ridículo. Comecei uma campanha para fechar Nürburgring e Spa. Recebi ameaças de morte, pessoas entrando em minha casa e gritando, berrando e atirando pedras para tentar entrar pelas janelas”, disse ele.

É graças a pilotos como Stewart, que a Fórmula 1 se tornou muito mais segura e os circuitos melhoraram de várias maneiras. Circuitos como Nürburgring e Spa nunca deveriam ter tido corridas de F1, segundo o ex-piloto de 83 anos. “Havia postes de telégrafo e gado na pista, e Deus sabe quantas outras coisas, mas era assim naquela época”, disse ele. Hoje, pelo menos, pode-se correr nessas pistas novamente de forma muito mais segura, e nenhum piloto da Fórmula 1 atual vai se deparar com uma vaca no meio da pista.

 

 

 

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