George Russell expressou receio de que os carros da Fórmula 1 percam a sensação de ‘caça a jato’ com a introdução do novo regulamento em 2026. No entanto, o piloto da Mercedes reconhece que a categoria não pode ter tudo.
A partir de 2026, a F1 terá uma divisão de potência 50/50 entre elétrica e combustão interna. Os carros ficarão um pouco menores, mas devem ter um aumento significativo na velocidade final nas retas. Por outro lado, a redução do downforce vai diminuir a velocidade nas curvas em relação ao regulamento atual.
Para Russell, a segurança precisará ser aprimorada em 2026, considerando a possibilidade de acidentes a 360 km/h. Parece que os novos carros serão mais impressionantes em retas do que em curvas.
“Os carros terão um desempenho bem diferente”, disse Russell à imprensa. “Serão extremamente rápidos nas retas, provavelmente chegando a 360 km/h na maioria das pistas, o que é impressionante. Obviamente, a segurança precisa ser melhorada, porque um acidente a 360 km/h seria bem louco. A velocidade nas curvas vai cair bastante, mas tenho certeza que as equipes encontrarão maneiras de aproximá-la do que temos visto recentemente.”
Para muitos pilotos, o ápice da dirigibilidade dos carros foi entre 2020 e 2021, época em que Russell sentia estar pilotando um ‘caça a jato’. Segundo ele, os carros atuais não proporcionam a mesma sensação, embora espere que os tempos de volta em 2025 sejam similares aos de cinco anos atrás.
No entanto, focando em 2026, o piloto da Mercedes admite que será decepcionante ver tempos de volta mais lentos com a chegada do novo regulamento. Por outro lado, é esperado que as corridas sejam mais disputadas, e Russell reconhece que a F1 precisa fazer escolhas.
“Do ponto de vista do piloto, você quer os carros mais rápidos, quer se sentir em um caça a jato. Em 2020 e 2021 era assim”, afirmou Russell. “Agora os carros estão ficando muito rápidos novamente, e no ano que vem talvez cheguemos perto dos tempos de 2020. Será uma pena perder um pouco do desempenho do carro, mas por outro lado, vai melhorar as corridas se houver menos downforce e menos ‘ar sujo’. No fim das contas, você não pode ter tudo. É preciso escolher as batalhas”, completou Russell.
Fonte: f1mania