George Russell foi o grande nome da corrida em Interlagos, ao ser o primeiro a ver a bandeira quadriculada o britânico conquistou sua primeira vitória oficial na categoria, já que no sábado havia vencido a sprint race.
Russell tinha na cola o heptacampeão Lewis Hamilton, sedento por uma vitória nesta temporada, uma vez que desde sua estreia na F1, em 2007, o piloto sempre esteve em algum momento no lugar mais alto do pódio.
Russell conseguiu abrir vantagem para Hamilton no início da prova e administrá-la ao longo da corrida. No entanto, na volta 55, um safety car foi acionado por conta do abandono de Lando Norris, e o pelotão se aproximou novamente.
Durante o período com o carro de segurança na pista, George perguntou ao seu engenheiro de corrida: “Então, o que estamos fazendo, estamos correndo ou estamos protegendo a dobradinha?” Ao passo que a resposta foi: “Não, vocês têm permissão para correr”.
Após o final da etapa, Russell foi questionado se ficou surpreso com a decisão da Mercedes, pois em anos anteriores, a equipe alemã geralmente prezava por manter as posições.
“Sim e não”, respondeu o britânico, “porque sempre nos dizem que somos livres para correr. Toto e a equipe colocaram muita fé e confiança em Lewis e em mim e obviamente tivemos alguns momentos lado a lado ao longo deste ano, e sempre fomos respeitosos, acho que temos uma enorme quantidade de respeito um pelo outro”.
“Eu sabia o quão importante era aquela dobradinha para a equipe, então, se não estivéssemos correndo, seria como ‘traga o carro para casa’. Se estivéssemos correndo pra valer, seria como uma volta de classificação a cada volta e você está em risco a cada curva, porque as voltas precisam ser perfeitas”, declarou Russell.
O engenheiro de corrida da Mercedes, Andrew Shovlin, comentou ao Auto Motor und Sport que tinha total confiança em Russell e Hamilton para um disputa limpa: “Eles sabem o que estão fazendo, então nós os deixamos correr livremente e eles fazem o que trabalharam para a vida toda: ganhar corridas.”