Vários nomes do atual grid da Fórmula 1 vieram da F2, mas o piloto da Mercedes, George Russell, que foi campeão na categoria júnior, acredita que a F2 não prepara totalmente os pilotos para o alto nível do automobilismo.
Russell falou sobre o maior ‘choque’ enfrentado pelos pilotos da Fórmula 1, que chegaram à categoria vindos da F2.
O britânico está entre os que se formaram na categoria júnior, tendo conquistado o campeonato em 2018 à frente de Lando Norris e Alex Albon. Todos os três subiram para a F1 em 2019.
Em termos de novatos que estão no grid na temporada de 2023, Oscar Piastri, Nyck de Vries e Logan Sargeant, correram na Fórmula 2 nos últimos anos.
Refletindo sobre como foi sua própria chegada à F1, Russell acredita que há uma enorme diferença no entendimento técnico de um piloto entre as categorias.
“É definitivamente um grande passo em termos de velocidade”, disse Russell. “Mas acho que o maior choque para mim ao chegar à Fórmula 1, foi na parte técnica.”
“Você tem que lidar com muitos dados à sua frente, entender os pneus, a preparação e temperatura dos pneus, a temperatura do asfalto, todas essas coisas que você não tinha ideia na Fórmula 2, porque essas informações simplesmente não estavam lá”, disse ele.
Diante disso, Russell questionou se os pilotos da F2 poderiam se beneficiar de ter mais acesso aos dados, antes de avançarem para a Fórmula 1.
“Tenho sentimentos confusos sobre a falta de dados na F2, seja isso bom ou não”, acrescentou o piloto da Mercedes.
“Mas acho que gostaria de ver esses caras terem a chance de ter alguns dos sensores que temos na Fórmula 1, porque, sabemos que na F1, um piloto pode ser meio segundo por volta mais rápido, simplesmente ajustando os pneus na janela certa ou não.”
“Na Fórmula 2, com tempo de pista tão limitado, eu não diria que você está necessariamente adivinhando, mas você realmente não tem a chance de aprender e saber exatamente o que é necessário para cada situação. Então isso certamente é difícil para os pilotos da F2”, finalizou Russell.
Fonte: f1mania
