F1: Russell comenta sobre viagens ‘não sustentáveis’ causadas pelo calendário da categoria


Vários pilotos da Fórmula 1 já expressaram preocupação com o crescente número de corridas no calendário, especialmente a ordem em que alguns GPs acontecem. Um dos pilotos que comentou o assunto, foi George Russell, após uma entrevista com a lenda do tênis, Novak Djokovic.

Russell participou do torneio de tênis, Monte Carlo Masters, em Mônaco, onde falou com o sérvio e atual número um do mundo após sua vitória. O ATP Tour, publicou partes da conversa no Twitter, nas quais se pode ouvir que o piloto da Mercedes manifestou preocupação com o extenso calendário da F1.

Se o GP da China não tivesse sido cancelado, a corrida aconteceria no próximo final de semana, em 16 de abril. Isso seria duas semanas depois do GP da Austrália, que não é exatamente próximo da corrida anterior, na Arábia Saudita. Após o GP da China, as equipes e pilotos voltariam para a Europa, sendo Baku a primeira prova europeia do calendário deste ano.

Djokovic demonstrou surpresa pelo fato de os pilotos da F1 terem que lidar com tantos fusos horários diferentes, e perguntou quanto tempo os pilotos precisam para se acostumar com isso, após a viagem para a Austrália, por exemplo. “Provavelmente leva cerca de uma semana”, disse Russell, antes de afirmar que há ‘algumas conversas’ acontecendo sobre o assunto. Essas conversas estão sendo mantidas com o CEO da F1, Stefano Domenicali, que o britânico de 25 anos diz estar aberto às opiniões dos pilotos.

“Acho que coletivamente temos uma contribuição muito forte. Acho que Stefano está incrivelmente aberto para ouvir nossos pontos de vista e conversar. Obviamente, tem havido muita conversa sobre como o calendário pode ser mais sustentável”, afirmou Russell, referindo-se à jornada do Oriente Médio para os EUA e depois de volta para a Europa.

No entanto, ele está confiante de que haverá melhorias nos próximos anos, e também já tem uma ideia de como deve ser o calendário. “Definitivamente, acho que a Austrália precisa ser uma corrida consecutiva ao Oriente Médio, porque quase todos nós voamos para cá (Austrália) no sábado ou domingo da semana passada. Todos os mecânicos e os engenheiros também. Então você já está perdendo esses três ou quatro dias adicionais”, concluiu Russell.

A forma como o calendário da F1 é montado já recebeu inúmeras críticas, pois além do alto comprometimento físico e mental de todos os envolvidos (pilotos, mecânicos, staff das equipes, etc.), pelas viagens pelo mundo sem uma certa lógica de distâncias, a categoria quer diminuir drasticamente sua emissão de carbono, mas viajando de acordo com o calendário atual, fica difícil diminuir algo neste sentido.

Fonte: f1mania

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