George Russell cobrou maior agilidade por parte dos comissários da Fórmula 1 na resolução de investigações, alegando que tanto os pilotos quanto os fãs “precisam de respostas rápidas”. A declaração do britânico foi motivada pela situação entre ele e Charles Leclerc que aconteceu durante o GP da Holanda, em Zandvoort.
Durante a corrida, Leclerc tentou uma manobra agressiva para ultrapassar o piloto da Mercedes. O monegasco chegou a colocar duas rodas de sua Ferrari fora do traçado, tocando o carro do britânico. O incidente foi imediatamente colocado sob investigação, porém, a decisão dos comissários da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) de que não haveria punição só foi anunciada quase cinco horas depois.
Russell mostrou frustração com a demora. “Você imaginaria que com a tecnologia que temos seria mais fácil”, disse à imprensa. “Mas, novamente, não é simples para os comissários quando você está lidando com tantos incidentes diferentes.Há pressão para obter resultados rapidamente para o benefício da corrida. Acho que é como no futebol: se há uma entrada e é 50 a 50, você pode revisar por uma hora e chegar ao resultado perfeito. Mas não é disso que se trata o esporte.”
Questionado sobre decisões polêmicas como a do GP de Abu Dhabi de 2021, que rendeu o primeiro título de Max Verstappen e gera discussões até hoje, Russell reconheceu as dificuldades enfrentadas por quem define as regras e sugeriu o uso de novas tecnologias para acelerar os processos.
“Os caras que escrevem as regras não são estúpidos”, afirmou. “Todo mundo tem uma boa ideia, eles voltam e conversam sobre isso, mas então outra pessoa inteligente mostra uma razão pela qual isso não funcionaria, se isso faz sentido. Talvez haja uma maneira de as equipes ajudarem com o uso de IA ou algo do tipo para tornar essas decisões mais fáceis. Garanto a você, não é fácil para cada pessoa neste esporte, em cada posição individual.”
Por fim, Russell admitiu que, diante de tantos cenários, talvez seja necessário aceitar que nem todas as decisões serão perfeitas. “Acho que às vezes você aceita a eventual decisão incorreta e, claro, não queremos isso, mas talvez seja apenas o compromisso que você tem que aceitar, em vez de que cada decisão leve seis horas ou um dia ou dois para ser revisada.”
Fonte: f1mania
