Fred Vasseur, chefe da Ferrari, reconheceu que subestimou quanto tempo seria necessário para colocar a equipe de volta na briga pelo título na Fórmula 1.
“É bastante intenso. Temos altos e baixos no lado esportivo, sempre queremos mais, mas no geral, tivemos nos últimos dois anos uma boa evolução”, afirmou Vasseur no podcast Beyond the Grid.
O dirigente francês destacou que a reconstrução de uma equipe como a Ferrari, exige paciência e planejamento a longo prazo, sobretudo diante da complexidade de recrutar profissionais-chave no paddock da categoria.
Ele continuou: “O que subestimamos, ou eu subestimei, é a inércia no início. Reconstruir algo ou fazer as coisas de maneira diferente leva tempo, mas está tudo bem. O mais importante é que o clima na equipe, mesmo sendo emocional, latino, enfrentando maus resultados ou sessões ruins, no final permanece positivo”.
Vasseur citou o exemplo de Loic Serra, diretor técnico de chassis, que ingressou na Ferrari há oito meses, mas cuja contratação começou a ser discutida há dois anos. O primeiro carro da era Serra será lançado apenas no próximo modelo, evidenciando o longo planejamento necessário.

O chefe da Ferrari também valorizou a confiança da equipe em manter sua liderança, destacando que os próximos três anos serão cruciais com as novas regras da F1: “É provavelmente um projeto de três anos. Não tenho certeza de que hoje a F1 e o mundo em geral estejam dispostos a dar três anos a uma organização. Olhe para alguns concorrentes, como Alpine, que trocaram o chefe de equipe todos os anos nos últimos oito ou nove anos. Se você tem que esperar três anos para trazer algo, mas muda todo ano, o cronograma não é o mesmo”, encerrou o francês.
Apesar da atual temporada estar sendo mais complicada do que o esperado, com a Ferrari 337 pontos atrás da McLaren e sem vitórias em GPs com apenas oito etapas restantes este ano, Vasseur acredita que a equipe está em posição melhor para desafiar os líderes em comparação a quando assumiu seu cargo em 2023.
Fonte: f1mania