O promotor do GP da Austrália descartou a possibilidade de o país realizar uma segunda corrida de Fórmula 1, em Adelaide em um futuro próximo.
Com o cancelamento do GP da China na semana passada, ficou aberta uma vaga no calendário de 2023 da F1, com a categoria planejando manter um recorde de 24 corridas na próxima temporada.
Após uma ausência de dois anos da programação devido à Covid, a F1 fez um retorno de muito sucesso ao circuito de Albert Park, em Melbourne, em abril deste ano, em uma corrida vencida pelo piloto da Ferrari Charles Leclerc, com mais de 419.000 fãs, o maior público para um evento esportivo em um final de semana na história do país.
O primeiro-ministro da Austrália, Peter Malinauskas, parecia alimentar as especulações na última segunda-feira de que o circuito de rua de Adelaide, que recebeu a F1 por 10 anos entre 1985 e 1995, poderia sediar uma corrida para substituir Xangai.
“Naturalmente, estamos atentos a qualquer oportunidade que possa surgir e daremos o nosso melhor como estado, quando se trata de nossa posição no calendário internacional em grandes eventos”, disse ele ao Speedcafe.
No entanto, Malinauskas reconheceu que a prioridade da Fórmula 1 é reviver o GP de Portugal, que sediou duas corridas durante as temporadas interrompidas pela pandemia em 2020 e 2021, em substituição à China.
Em junho de 2022, o GP da Austrália anunciou uma renovação de contrato por 10 anos, garantindo que a corrida permaneça em Melbourne até 2035, com o executivo-chefe da Australian Grand Prix Corporation, Andrew Westacott, revelando que os termos do acordo impedem uma segunda corrida em outro local no país.
“Temos cláusulas de bloqueio para garantir que somos os únicos na Austrália”, disse ele. “Isso é muito importante, e que continue a fazer parte dos acordos contratuais daqui para frente. Conseguimos uma posição forte, como mostrou o público este ano.”
“Acho que o quadro maior em que estou mais focado do ponto de vista positivo, é o crescimento da Fórmula 1, como um espetáculo, como um atrativo para o turismo e a visitação”, acrescentou.
Westacott minimizou os temores de que a expansão do calendário, com um retorno à pista de Kyalami na África do Sul que está sendo bastante cogitada, possa de alguma forma diminuir a importância da corrida australiana.
“Estou menos preocupado porque se são 24, ou 23 corridas. Isso tem relevância global, tem continuidade, está em todos os continentes, menos na África, mas isso provavelmente continuará a ser analisado no futuro”, concluiu.
O GP da Austrália de 2023 está programado para acontecer em 02 de abril, com as categorias de apoio F2 e F3, definidas para correr em Melbourne pela primeira vez como parte do contrato renovado.
