F1: Presidente da FIA é acusado de comportamento sexista por ex-funcionária


No começo deste ano, o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, se envolveu em polêmicas por conta do comportamento sexista (discriminação de gênero). Foram encontradas publicações do emiradense em um site, no qual Mohammed afirma não gostar “de mulheres que pensam que são mais inteligentes que os homens”. 

Na época, a FIA se manifestou afirmando que a declaração não refletia as opiniões de Ben Sulayem. Contudo, o presidente da instituição foi novamente acusado de sexismo. As alegações partem da ex-secretária geral interina de automobilismo, Shaila-Ann Rao, conforme relatou o jornal britânico The Telegraph.  

Segundo a publicação, Shaila-Ann teria enviado uma carta a Ben Sulayem e a Carmelo Sanz de Barros, presidente do Senado da FIA, apontando diversos momentos em que Mohammed demonstrou um comportamento sexista. No entanto, as alegações não foram investigadas pela organização.  

Diante dos acontecimentos relatados pela imprensa, um porta-voz da FIA declarou: “Shaila-Ann Rao foi diretora temporária da FIA a partir de 1º de junho de 2022 e depois se tornou secretária-geral interina do esporte a motor. Em novembro de 2022, foi decidido por ambas as partes que ela deixaria o cargo. Termos mútuos de privacidade foram acordados como é comum nos negócios. Nenhuma das partes fez referência ao Comitê de Ética da FIA”.

De acordo com os estatutos da FIA, violações do Código de Ética devem ser encaminhadas ao Comitê de Ética da entidade, no qual após o processo de investigação os resultados são entregues ao presidente. Uma vez que esse se encontra sob investigação, o relatório é encaminhado ao Senado da FIA. 

O jornal britânico ainda aborda que fontes relataram um episódio desagradável entre Ben Sulayem e Rao durante o GP da Bélgica de 2022, em que o emiradense foi visto gritando com a ex-funcionária. 

“Ele foi muito condescendente com ela. Tive chefes de equipe me ligando e dizendo: ‘Você deveria ter visto como ele tratou Shaila-Ann’ e foi na frente de outras pessoas. Ele a atacou de uma maneira muito desqualificada. Ele era assim. Shaila-Ann ousou dizer ‘não’ na frente de outras pessoas, o que pareceu desencadear seu comportamento”, afirmou uma testemunha. 

Com base na revelação do The Telegraph, a BBC questionou novamente à FIA, recebendo a seguinte resposta: “Não houve reclamações recebidas contra o presidente. A FIA leva as alegações de abuso muito a sério e aborda todas as reclamações usando procedimentos robustos e claros”, informou em comunicado. 

“Como parte disso, a FIA tem uma política anti-assédio, um mecanismo de denúncia anônima e um procedimento de investigação e todos os funcionários estão cientes disso por meio de indução e treinamento regular”, encerrou a declaração. 

 

Fonte: f1mania

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