A Pirelli rebateu as críticas feitas por Lewis Hamilton sobre a suposta janela de operação ‘de picos’, dos pneus fornecidos pela marca italiana na temporada 2024 da Fórmula 1.
Durante o GP de Miami, o heptacampeão classificou os atuais compostos como seus ‘menos favoritos’ desde que a Pirelli se tornou fornecedora exclusiva na F1, alegando uma faixa de funcionamento ideal muito estreita.
“Honestamente, é provavelmente a coisa mais frustrante”, disse Hamilton. “Você olha para trás, quando tinha uma janela de trabalho muito maior para lidar, então você podia apenas otimizar o acerto e ter boa aderência ao longo da volta toda. Definitivamente é meu pneu menos favorito.”
A Pirelli, no entanto, discorda. O engenheiro-chefe da empresa, Simone Berra, afirmou que o problema não está nos pneus, mas sim no grid mais competitivo, tornando o gerenciamento dos compostos ainda mais importante para o desempenho.
Segundo Berra, as características dos pneus não mudaram significativamente. A diferença está na proximidade entre as equipes na atualidade. No passado, com diferenças maiores entre os times, estar no ponto ideal com os pneus não era tão crítico. Hoje, cada detalhe faz a diferença entre terminar à frente ou atrás de um rival.
“Todo pneu tem um pico de desempenho em algum momento, e a janela de operação é sempre apenas uma definição”, disse Berra ao site Autosport sobre os comentários de Hamilton. “Nós pegamos um certo percentual de perda de aderência para definir a janela.”
“Acho que mesmo no passado era a mesma coisa. Mas provavelmente era menos crítico porque o nível de detalhe que temos no momento é bem significativo. É por isso que agora tudo é destacado e importante. No passado, 15-20 anos atrás, você tinha carros ou pilotos separados até por meio segundo ou sete décimos, então não era tão estreito. Mas a luta agora é completamente diferente, e mesmo um décimo de segundo faz uma grande diferença”, acrescentou.
Berra também explicou que o comportamento dos pneus pode variar de carro para carro e até mesmo entre compostos. “Sabemos muito bem que especialmente o C4, e em alguns casos obviamente com alta temperatura o C5, pode haver um pico de desempenho. Algumas equipes são menos capazes do que outras de extrair o pico de performance. Parte disso é o pneu, sim, honestamente é, mas parte também é o carro, a suspensão e como o carro explora o desempenho do composto. Então, são ambos os fatores”, finalizou Berra.
Fonte: f1mania