Após a saída de Michael Masi do posto de diretor de prova, a FIA tentou mudar o sistema em 2022, colocando dois mandantes: Niels Wittich e Eduardo Freitas. Ambos se revezaram na função durante as etapas. Contudo, equipes e pilotos reclamaram da inconsistência nas decisões.
Ao final da temporada, apenas Wittich estava no cargo. Isso porque Freitas foi afastado após uma decisão perigosa no GP do Japão, em que um trator foi liberado para entrar na pista enquanto os carros circulavam pelo Circuito de Suzuka atrás do safety car.
Em torno das polêmicas que tem se dado com a direção de prova, o presidente da FIA, Mohammed ben Sulayem, afirmou que há um “processo em andamento” para encontrar um ocupante para o cargo.
“Você não pode ter apenas um [diretor]. Acho que temos que ter uma segunda opção. Não podemos confiar um no outro porque e se algo acontecer? Temos que estar preparados para qualquer contingência se quisermos fortalecer nosso esporte”, ressaltou Ben Sulayem.
Pelo lado dos pilotos, a ideia de ter dois diretores de prova não é bem-vinda: “Acreditamos que ter o rodízio não é a melhor coisa para um esporte, para aquela consistência”, disse George Russell, que atualmente é o diretor da Associação de Pilotos da Fórmula 1.
“Nunca tivemos um comissário de um evento anterior na corrida seguinte para falar sobre certas decisões”, argumentou.
Valtteri Bottas segue na mesma linha: “Um seria melhor do que dois ou três”, disse o piloto da Alfa Romeo. “Essa é a minha opinião.”
“Com a mesma pessoa em cada corrida, você sempre tem a mesma pessoa para discutir. Se ele esteve em todas as corridas anteriores e recebeu todos os feedback, meio que já conhece nossa opinião”, apontou o finlandês.