F1: Ocon critica estratégia da Alpine para lidar com peso extra


Esteban Ocon revelou que a Alpine vem adotando uma estratégia inusitada para lidar com o excesso de peso em seu carro, revezar qual piloto fica com o carro mais pesado. No GP do Canadá de Fórmula 1, quem teve que arcar com a desvantagem foi Ocon, que classificou o problema como um dos motivos para sua eliminação no Q1.

A Alpine reformulou o conceito do carro para a temporada 2024, mas o resultado foi bem abaixo do esperado. O time de Enstone enfrentou dificuldades desde o início do ano com o A524 pouco competitivo. Uma das preocupações levantadas dizia respeito ao peso do carro, que ultrapassava o limite mínimo permitido.

Mesmo com a introdução de um novo chassi mais leve no GP da China, o peso continua sendo um problema para a Alpine, de acordo com Ocon. O francês revelou que ele e seu companheiro de equipe, Pierre Gasly, têm se revezado para ficar com o carro mais pesado. Ocon atribuiu sua eliminação precoce na sessão de classificação em Montreal ao peso extra.

“Também temos uma diferença de peso entre os carros desde algumas corridas, algo que vamos revezar e que estará no carro de Pierre em breve”, disse ele. “Mas no momento, basicamente se soma à lista de hoje e é a razão pela qual não consegui avançar.”

Apesar da desvantagem, Ocon protagonizou uma grande recuperação na corrida, saltando da 18ª para a 10ª posição. No entanto, o francês não gostou da decisão da Alpine de mantê-lo com o carro mais pesado e ainda obrigá-lo a ceder a nona colocação para Gasly tentar perseguir Daniel Ricciardo.

“Não, isso é inexplicável”, reclamou Ocon. “Sempre respeitei as instruções que me deram, como piloto, e fiz isso mais uma vez. Sou o bonzinho! Eu fiz a minha parte do trabalho, mas a equipe não fez, honestamente. Não foi justo nessa corrida, então, estou muito frustrado com a forma como as coisas aconteceram. Acho que há muitas razões, então vamos deixar o benefício da dúvida no ar”, acrescentou.

O chefe da Alpine, Bruno Famin, tentou minimizar a situação, afirmando que ordens de equipe nunca são bem recebidas pelos pilotos. “Não há nenhum atrito real”, disse ele ao Autosport. “Eles são pilotos, e quando você pede a um deles, seja quem for, para ceder sua posição ao companheiro de equipe, geralmente não é tão fácil. Mas nós fizemos isso. Fizemos pelo bem da equipe, de propósito.”

“Acho que Esteban estava lutando um pouco com o gerenciamento de energia, consumindo bastante e então tínhamos dois carros da Haas atrás. Esteban estava atrapalhando todo mundo, era bem óbvio na TV, e o risco era ter os dois Haas nos ultrapassando. E é por isso que demos aquela instrução. Eles dizem coisas no final da corrida, mas no dia seguinte estamos com uma mentalidade diferente”, finalizou o chefe da Alpine.

Fonte: f1mania

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