O chefe da Mercedes, Toto Wolff está confiante para a nova temporada da Fórmula 1, e alertou os rivais para não descartá-los da disputa pelo título em 2023, apesar de uma fraca temporada em 2022.
2022 marcou o pior desempenho da Mercedes desde a temporada de 2012, e o pior desde que Lewis Hamilton está na equipe, já que alguns problemas, principalmente o forte ‘porpoising’, os fez começar o ano bem fora do ritmo.
A equipe, que conquistou oito títulos consecutivos de construtores e sete de pilotos entre 2014 e 2021, melhorou gradualmente ao longo de 2022, garantindo sua única vitória da temporada em São Paulo, mas um ponto de interrogação paira sobre eles em 2023, com Wolff admitindo que ainda estão em desvantagem em relação aos seus rivais.
Enquanto a Mercedes passou um tempo corrigindo os problemas do W13, a Red Bull e a Ferrari puderam mudar seu foco para 2023 mais cedo, mas Wolff os alertou para ‘não descartar’ a Mercedes na disputa do campeonato.
“Não nos descarte”, disse Wolff ao Times. “Nesta vida, você nunca para de dar tudo.”
O austríaco de 51 anos admitiu que a equipe errou ‘na física’, quando se tratou da mudança nos regulamentos para a temporada 2022, com foco muito grande na busca de desempenho em um carro que poderia correr muito baixo.
“Não é um mito”, disse Wolff. “Nós interpretamos mal alguns dos regulamentos. Colocamos muita ênfase em buscar performance em um carro que era para rodar no chão, muito baixo.”
“Mas você não pode rodar tão baixo, porque o assoalho do carro estava batendo no chão. Então tivemos que levantá-lo, o que mudou as coisas novamente. Parece uma explicação trivial, mas é a realidade”, disse ele.
Esse tipo de erro era algo para o qual Wolff estava se preparando, desconfiado de que o domínio da Mercedes não duraria para sempre.
“Tivemos a sorte de conquistar oito títulos consecutivos de construtores, o que é sem precedentes”, disse Wolff. “E isso se deve ao fato de capacitarmos o pessoal aqui. Se eu começasse a me intrometer em decisões técnicas depois de uma sequência tão vitoriosa, seria estranho.”
“Então, nesse estágio, estou no modo de observador. Eu tento orientar a partir de uma perspectiva humana. Há algo de que precisamos em recursos adicionais? Dito isso, sou responsável como CEO e co-proprietário. E nós, como equipe, erramos no ano passado”, encerrou Wolff.
