F1: Mercedes teme que três dias de testes não sejam suficientes


Com apenas três dias de testes de pré-temporada na Fórmula 1, disponíveis antes da corrida de abertura no Bahrein, o diretor técnico da Mercedes, Mike Elliott, afirmou que está preocupado que não haja tempo suficiente para realmente verificar quaisquer problemas em potencial.

Na última temporada, a Mercedes teve que lidar com o forte ‘porpoising’, que tornou o W13 mais lento, dificultando os esforços da equipe no início da temporada.

Com apenas uma vitória na temporada 2022, cortesia de George Russell no GP de São Paulo, e ficando apenas em terceiro lugar no campeonato de construtores, o reinado de oito anos de domínio da equipe alemã terminou.

A Mercedes apresentou uma boa recuperação na segunda metade da temporada 2022, que incluiu a vitória no Brasil, que na verdade foi uma dobradinha da equipe, pois Lewis Hamilton ficou em P2, e as chances da Mercedes de recuperar e disputar os títulos nesta temporada, dependem do recém-apresentado, W14.

O carro foi testado em Silverstone na quinta-feira, em um shakedown ‘tranquilo’, após relatos de alguns ‘pequenos problemas no mapeamento do motor’ durante a apresentação no dia anterior.

A equipe agora tem apenas três dias para resolver quaisquer outros problemas que possam surgir. Nesta temporada, a F1 vai realizar apenas três dias de teste de pré-temporada, que vai de 23 a 25 de fevereiro no circuito do Bahrein.

O diretor técnico da Mercedes, Elliott, está preocupado com o fato de não haver tempo suficiente para se aprofundar no funcionamento do carro.

“Nunca chegamos ao topo do equilíbrio do carro no ano passado”, disse ele. “Todo o trabalho normal que fazemos no início da temporada, não aconteceu por causa dos problemas que estávamos tentando corrigir.”

“Com apenas três dias de testes este ano, isso tem dois grandes impactos. O primeiro está na confiabilidade. Se não formos confiáveis no teste, teremos uma quilometragem muito limitada para entender e tentar resolver. Também não seremos capazes de medir muito a confiabilidade absoluta do carro, porque em três dias você não vai rodar muito”, disse ele.

“O segundo grande impacto, é que temos que usar nosso tempo limitado da maneira mais eficiente possível. Temos que aprender o máximo que pudermos, para descobrir como obter o máximo desempenho do carro e o que podemos aprender para alimentar os próximos desenvolvimentos”, acrescentou Elliott.

Ele está, no entanto, confiante de que a Mercedes está preparada para a próxima temporada. “À medida que desenvolvemos o carro durante o intervalo, testamos o máximo que podemos nas plataformas. Fizemos tudo o que podíamos para garantir que o carro seja confiável, e que o desempenho que esperamos seja medido da melhor maneira possível.”

“Quando chegamos aos testes de pré-temporada, queremos estar o mais preparados possível, mas não há substituto para o real. É rodar o carro em uma pista de corrida real e ao vivo, que nos ajudará a aprender”, finalizou o diretor técnico da Mercedes.

 

 

Fonte: f1mania

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