A influência da Mercedes na trajetória de Esteban Ocon na F1
Gwen Lagrue, chefe da Academia de Jovens Pilotos da Mercedes, revelou que a marca ainda gerencia a carreira de Esteban Ocon na Fórmula 1, apesar de ele não estar envolvido diretamente com a equipe. A Mercedes aproveitou seus laços com a extinta equipe Manor em 2016 para oferecer a Ocon, membro de seu programa de desenvolvimento de pilotos, sua estreia na F1.
Ocon, que é francês, progrediu para a equipe de Silverstone, então conhecida como Force India, onde impressionou em duas temporadas competindo contra Sergio Perez, um piloto muito experiente. No entanto, ele não foi mantido após um consórcio liderado por Lawrence Stroll assumir a operação e oferecer um lugar para seu filho, Lance Stroll, deixando Ocon de fora.
Após atuar como piloto reserva da Mercedes, Toto Wolff, chefe da equipe de Brackley, orquestrou um assento para Ocon na Renault, onde ele permaneceu desde então. Ao ser parceiro de Fernando Alonso entre 2021-22, Ocon se saiu bem contra o bicampeão e conquistou sua primeira vitória no GP da Hungria de 2021.
Lagrue acredita que a passagem de Ocon ao lado de Alonso, que deixou a equipe no final de 2022 para ir para a Aston Martin, o obrigou a elevar seu desempenho para um nível totalmente novo. “Para ser honesto, nos seus dois anos com Alonso como parceiro, o que Esteban fez foi bastante sólido,” Lagrue disse ao The Race. “Não estamos sempre falando de ganhar ou subir ao pódio, mas seu trabalho foi muito bom. Acho que Fernando o levou a um limite que ele não conhecia e continua a melhorar.”
Ocon entrará em sua quinta temporada consecutiva com a equipe de Enstone – agora como Alpine – em 2024. No entanto, seu contrato com a equipe anglo-francesa expira no final deste ano, e Lagrue revelou que as perspectivas de carreira de Ocon ainda são orientadas pela Mercedes. “Esteban continua intimamente ligado
à Mercedes. Ele é um piloto da Alpine e está totalmente comprometido com eles, mas continuamos a gerenciar sua carreira,” Lagrue admitiu.
Essa colaboração entre Mercedes e Alpine para o melhor interesse do esporte é um exemplo da complexidade e das relações interligadas no mundo da Fórmula 1. Lagrue enfatizou que há apenas 20 assentos na F1 e que a colaboração visa encontrar a melhor solução tanto para a equipe quanto para o piloto.
Enquanto isso, a Mercedes anunciou em agosto passado que tanto Lewis Hamilton quanto George Russell assinaram extensões de seus contratos anteriores, formando a dupla de pilotos da equipe até 2025. Por outro lado, Ocon buscará se recuperar de uma temporada frustrante em 2023, marcada por problemas persistentes de confiabilidade na Alpine, sendo superado por seu novo companheiro de equipe, Pierre Gasly, escolhido a dedo do programa da Red Bull como substituto de Alonso na Alpine.
Fonte: f1mania
