Mario Andretti disse que espera ouvir dentro de ‘alguns meses’, sobre o status das esperanças de seu filho Michael, entrar com sua equipe na Fórmula 1.
A Andretti Autosport anunciou uma parceria com a General Motors, através da Cadillac, no início de janeiro, quando o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, abriu um processo de ‘Manifestação de interesse’ sobre novas equipes interessadas em entrar na categoria.
Michael Andretti deu uma coletiva de imprensa alguns dias depois desse anúncio, confirmando o interesse de sua equipe em entrar na F1 em conjunto com a gigante automotiva americana, embora a própria F1 e a maioria das equipes tenham dado uma resposta ‘morna’ à ideia. As únicas equipes realmente favoráveis à ideia são a McLaren e a Alpine, que será fornecedora de motores para a Andretti através da Renault.
Com a Andretti Autosport tendo recentemente inaugurado uma nova fábrica de última geração em Indiana, que abrigará todas as suas operações globais de automobilismo, incluindo uma potencial equipe de Fórmula 1, o campeão mundial de 1978 Andretti Sr, explicou que a equipe está esperando pelas confirmações da FIA e da F1, antes de iniciar realmente os trabalhos, apesar de já ter muitas coisas adiantadas.
“A verdade é que estamos estruturando a equipe dia a dia, como se o sinal verde já tivesse sido dado”, disse Andretti à Autosprint na Itália.
“Um programa como esse é muito complexo, então temos que seguir em frente, mesmo que não seja muito rapidamente, mas para contratar nomes importantes, precisamos de certezas, então desse ponto de vista ainda estamos no aguardo, mas digamos que poderíamos razoavelmente ter uma resposta dentro de alguns meses”, disse o ex-piloto.
O presidente da FIA, Ben Sulayem, disse que a entrada planejada da Andretti é ‘bem-vinda’, embora as equipes atuais possam votar e, assim, vetar qualquer entrada na categoria, com vários chefes de equipe levantando preocupações sobre a quantidade de prêmios em dinheiro sendo diluída, com mais uma equipe sendo adicionada na categoria.
Michael Andretti já afirmou que esta posição das equipes, é ‘uma questão de ganância’, e seu pai afirmou que recebeu orientação do próprio Ben Sulayem sobre como entrar na Fórmula 1, e que uma maior presença americana no grid da categoria, só pode ser uma coisa boa em um mercado chave para o esporte.
“Foi ele quem nos aconselhou a buscar uma parceria com um grande fabricante, para dar mais força e profundidade ao nosso projeto”, disse Andretti sobre o presidente da FIA. “Foi daí que surgiu a parceria com a Cadillac, o que significa uma comunidade de intenções com a General Motors.”
“Dinheiro, dinheiro… Mas que dinheiro? Quanto diminui a receita anual de uma grande equipe se entrarmos? Em uma situação de crescimento exponencial da Fórmula 1, ter uma equipe americana com uma identidade profundamente enraizada no mundo das corridas seria extremamente positivo para todos”, finalizou Mario Andretti.
