F1: Leclerc comenta sobre período de declínio da Ferrari em 2020


O monegasco Charles Leclerc, afirmou que sempre acreditou que a Ferrari um dia voltaria à frente do grid, apesar de suas fracas temporadas em 2020 e 2021.

Leclerc foi promovido da Sauber para a Ferrari em 2019, e logo apresentou um forte desempenho ao lado do seu então companheiro de equipe, o experiente Sebastian Vettel, e juntos somaram 504 pontos, ficando atrás apenas da então dominante, Mercedes.

Mas logo esse bom desempenho da equipe despencou com o fraco SF1000 em 2020. O alto downforce do carro da Ferrari, aliado a um motor de baixo desempenho, considerado o pior dos quatro fornecedores na F1, fez com que a equipe não apenas ficasse fora da disputa pelo título, mas também enfrentasse dificuldades para se manter no topo do pelotão intermediário.

Eles terminariam a temporada em sexto lugar na classificação de construtores em 2020, seu pior resultado em 40 anos, e enfrentando dúvidas genuínas sobre se seriam capazes de retornar ao topo da categoria.

A performance da equipe melhorou ao longo de 2021, mas foi somente em 2022 que a Scuderia provou ser capaz de disputar o título novamente.

Olhando para trás em suas primeiras temporadas com a Ferrari, Leclerc disse que nunca perdeu a fé de que a equipe mais famosa e tradicional da Fórmula 1, um dia voltaria ao lugar ao qual pertence.

“Foi o que sempre fiz”, disse ele quando questionado pela Auto Motor und Sport, sobre o quão difícil era acreditar na equipe. “Foi difícil prever que 2022 seria o ano em que voltaríamos. Mas eu tinha muita confiança. Porque vi nos bastidores em 2021, quanto trabalho a equipe colocou no carro do ano seguinte.”

“Isso me deu esperança de que estávamos dando um grande passo. Mas você nunca pode ter certeza até que realmente aconteça”, acrescentou.

No entanto, Leclerc admitiu que foi difícil manter a paciência, e que acredita que essa impaciência que o atingiu, o levou a cometer erros. O piloto de 25 anos também disse que espera nunca mais ter que ser tão paciente em sua carreira.

“Isso foi mais difícil para mim”, disse ele sobre a paciência necessária com a equipe naquele período. “Eu sou impaciente. Falando sobre corridas e vitórias, essa é a minha vida. Eu tiro minha motivação das vitórias.”

“Em 2019, eu me provei. Foi uma sensação incrível. Em 2020 e 2021 pareceu uma viagem de volta ao primeiro ano na Fórmula 1. Certamente não foi fácil. Isso provavelmente me levou a cometer mais erros”, disse ele.

“Você tenta fazer a diferença como piloto, mas estávamos falando de um segundo, nenhum piloto pode fazer essa diferença. Isso leva você a coisas que provavelmente não são realistas. Isso me ajudou a crescer como piloto e a ser mais paciente. Mas espero nunca mais ter que ser tão paciente em minha carreira”, concluiu o monegasco.

Apesar dos inúmeros erros de estratégia cometidos pela Ferrari em 2022, além de alguns problemas de confiabilidade e também erros dos pilotos, a Scuderia está confiante que pode voltar forte em 2023.

 

 

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