F1: Jornalista britânico acredita que Masi poderia retornar à categoria


Como diretor de prova, Michael Masi esteve envolvido em um dos momento mais controversos da história da F1, ao permitir que durante as últimas voltas da etapa final de 2021 em Abu Dhabi, apenas os retardatários entre Lewis Hamilton e Max Verstappen ultrapassassem o safety car, assim, deixando a decisão do campeonato para a última volta.  

A FIA reconheceu o erro de Masi ao não cumprir o artigo 48.12 do regulamento, do qual cita que “se o diretor considerar seguro, a mensagem ‘carros que levaram volta podem ultrapassar’ for enviada a todos os competidores através do sistema oficial de mensagens, quaisquer carros que estejam voltas atrás serão obrigados a passar o líder e o carro de segurança”.

O diretor de prova foi afastado do cargo e em julho foi anunciada sua saída do órgão regulador. Para substituir Masi, Niels Wittich e Eduardo Freitas se revezaram na função  durante as etapas. Contudo, equipes e pilotos reclamaram da inconsistência nas decisões. 

O jornalista e ex-gerente da Williams e Ferrari, Peter Windsor, afirmou que se a categoria oferecesse o cargo de volta para Masi, ele poderia aceitar, pois em contraste com o trabalho deste ano, o australiano possui maiores qualidades. 

“Masi está trabalhando no automobilismo na Austrália e está fazendo trabalhos como diretor de prova novamente. Um dos meus amigos me disse que se a Fórmula 1 lhe fizesse uma oferta, ele provavelmente voltaria e provavelmente faria um trabalho muito, muito bom em comparação com onde estamos no momento”, argumentou Peter em seu canal na Twitch. 

“Obviamente, ele cometeu um grande erro em Abu Dhabi – e todo mundo comete erros – mas o ponto se refere: ‘é pior de onde estamos? E, além do mais, ele realmente toma decisões e é muito organizado”, enfatizou Windsor em comparação com a direção atual.  

“Tenho certeza que o erro nunca vai acontecer novamente, porque Toto Wolff provavelmente nunca vai deixar isso acontecer, ele cometeu um erro tão grande que você poderia argumentar que talvez ele nunca devesse voltar”, finalizou o jornalista britânico. 

Pelo lado de Michael Masi, o australiano revelou ao Sydney Daily Telegraph, o trauma vivenciado após a etapa: “Eu não queria falar com ninguém. Nem mesmo família e amigos. Eu só conversei com minha família próxima, mas muito brevemente.”

“Tive um impacto físico, mas foi mais mental. Eu só queria estar em uma bolha. Eu não tinha vontade de falar com eles. Eu só queria ficar sozinho, o que foi muito desafiador.”

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