Christian Horner, chefe da Red Bull, abordou a troca acalorada de palavras com Toto Wolff, chefe da Mercedes, durante uma reunião de chefes de equipe na temporada passada. Em uma conversa franca, Horner havia dito a Wolff para ‘mudar o maldito carro’ em relação aos problemas de desempenho que a Mercedes estava enfrentando, principalmente ligados ao ‘porpoising’. No entanto, Horner esclareceu que essas interações não são frequentes e que o debate saudável é uma parte importante da Fórmula 1.
No ano passado, Mercedes e Red Bull estiveram envolvidas em uma disputa sobre o ‘porpoising’, um movimento de ‘saltos’ dos carros nas retas. Enquanto o carro da Red Bull, o RB18, tinha um ‘porpoising’ mínimo e conquistava vitórias, o carro da Mercedes, o W13, enfrentava muito mais dificuldades nesse aspecto, bem como diversas outras equipes. Wolff queria a intervenção da FIA, mas Horner acreditava que cada equipe deveria resolver seus próprios problemas. A tensão culminou em um acalorado debate durante uma reunião de chefes de equipe no Canadá.
A troca de palavras entre os dois chefes de equipe foi registrado pelas câmeras da Netflix e exibido no programa ‘Drive to Survive’. No entanto, Horner explicou que essas situações não são comuns em todas as reuniões de chefes de equipe. Em uma entrevista ao podcast ‘ESPN Unlapped’, Horner afirmou: “Eu não digo a ele para resolver o problema do carro dele em todas as reuniões. Às vezes as coisas ficam um pouco agitadas, mas é necessário haver um debate saudável na Fórmula 1, e na maioria das vezes, essas discussões são construtivas.”
Horner também comentou sobre a evolução do papel dos chefes de equipe na F1. Ele observou que a dinâmica da sala mudou ao longo dos anos, com a entrada de novos nomes vindos de departamentos técnicos. Ele considera a si mesmo e Wolff como ‘dinossauros’, em comparação com os profissionais mais novos que vêm com uma abordagem mais técnica.
“Quando olho ao redor da sala agora, vejo personalidades muito diferentes”, disse Horner. “Quando entrei na categoria, havia figuras como Ron Dennis, Flavio Briatore, Eddie Jordan, Jean Todt, Bernie Ecclestone, Max Mosley, Frank Williams, personalidades marcantes. Agora, a sala tem mais gerentes e está mais voltada para o lado técnico.”
Horner acredita que a definição de um ‘Chefe de Equipe’ na Fórmula 1 mudou ao longo do tempo, passando de uma ênfase mais empresarial para uma ênfase técnica. Apesar disso, ele e Wolff continuam a ser figuras proeminentes no cenário da categoria, trazendo uma perspectiva única à mesa.
Enquanto a rivalidade entre as equipes e seus chefes continua, Horner ressalta a importância do respeito mútuo e do debate construtivo para o avanço contínuo do esporte.
Fonte: f1mania