Em 2021, Lewis Hamilton da Mercedes e Max Verstappen da Red Bull, estiveram envolvidos em uma intensa disputa pelo título na Fórmula 1, com o holandês conquistando o título na última corrida da temporada em Abu Dhabi, em circunstâncias muito controversas, que culminaram na demissão do então diretor de corridas da categoria, Michael Masi.
Vários toques e colisões entre os dois, marcaram o ano à medida que a temporada avançava, incluindo um acidente em alta velocidade na primeira volta em Silverstone, onde Verstappen bateu na barreira de proteção na curva Copse, registrando um impacto de 51G, que o levou a ser avaliado no hospital.
O holandês também acabou com seu carro em cima da Mercedes de Hamilton, quando os dois se tocaram na primeira chicane em Monza, com o britânico sendo salvo pelo Halo, apesar da roda do carro da Red Bull ter deixado marcas no capacete de Hamilton, e as tensões entre os dois só aumentaram à medida que a disputa pelo título se intensificou.
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Em comparação com a disputa roda a roda entre o holandês e Charles Leclerc da Ferrai na atual temporada, o chefe da Red Bull, Christian Horner, acredita que há um estilo diferente de batalha entre os dois, dado o tempo que eles competiram um contra o outro desde o Kart, em comparação com a dinâmica ‘multicampeão-desafiante’ como foi com Hamilton no ano passado.
Horner afirmou que não se lembra de nenhum momento, em que o piloto da Mercedes tenha elogiado seu rival holandês por seu talento e pilotagem.
“Você sabe, há uma diferença, talvez haja um respeito diferente com Charles”, disse Horner no podcast Beyond the Grid. “Eles corriam um contra o outro desde que eram crianças, e havia um respeito mútuo. Nunca ouvi Lewis reconhecer a habilidade de Max.”
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Horner disse que Verstappen não estava ‘com medo’ de Hamilton no ano passado, e acrescentou que Hamilton merece total respeito pela carreira que construiu para si mesmo.
Mas algumas vezes a disputa pareceu se tornar mais pessoal, com Verstappen e a Red Bull criticando Hamilton por comemorar a vitória em Silverstone, enquanto ele estava no hospital, com o holandês dizendo no final do ano, que sua opinião sobre o heptacampeão de F1 havia mudado para o pior.
Como o que estava em jogo era a disputa pelo título, Horner também acha que a batalha se tornou psicológica, além da pista.
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“Acho que provavelmente, talvez mais na cabeça de Lewis”, disse Horner quando perguntado se os dois pilotos estavam na cabeça um do outro na última temporada.
“Porque ele é o sete vezes campeão, Max é o jovem que está assumindo os riscos, que está jogando tudo e não tem nada a perder. Algumas de suas ultrapassagens no ano passado foram impressionantes, e eu acho que isso começou a abalar Lewis”, disse Horner.
“Definitivamente foram coisas de alto risco, em Silverstone por exemplo, e suas emoções estavam em alta, mas provavelmente afetou Lewis mais do que Max, porque como eu disse, ele tinha mais a perder do que Max, que tinha tudo a ganhar.”
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Após a forma ‘quente’ que as coisas ficaram entre os dois na última temporada, talvez não seja surpreendente ver nenhum deles ser particularmente efusivo em elogiar o outro.
Palavras duras foram trocadas nos dois sentidos durante esse tempo, e Verstappen recebeu críticas por como ele disputou roda a roda com Hamilton na última temporada, empurrando o piloto da Mercedes para fora da pista na disputa pelo P1 em Interlagos, juntamente com seus vários casos de contato e provocações que pontuaram o ano passado.
Hamilton disse antes do início da temporada 2022, que as coisas voltaram ao normal entre os dois, concordando que eles têm ‘muito em comum’, quando se trata do quanto querem vencer corridas.
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O presidente da Associação de Pilotos de Grandes Prêmios (GPDA), Alex Wurz, garantiu no ano passado que existe um ‘tremendo respeito’ entre os dois pilotos, mas provavelmente não cabe a nenhum deles elogiar o outro de maneira pública.
Horner criticou Hamilton por não elogiar Verstappen, o que diga-se de passagem, o britânico não tem a menor obrigação de fazer, mas esqueceu de mencionar que seu piloto também não elogiou o piloto da Mercedes, que tem ‘apenas’ sete títulos conquistados na Fórmula 1.
