Durante o GP da Arábia Saudita do ano passado, a tensão saiu da pista e foi para os eventos ao redor do circuito de Jeddah. Mísseis atingiram as instalações da petrolífera Aramco, cerca de 10 km da pista.
O ataque, que foi assumido pelo movimento houthi do Iêmen, ocorreu pouco antes do primeiro treino livre na sexta-feira. As atividades foram interrompidas por um tempo. Depois, uma série de reuniões seguiu noite adentro a fim de decidir sobre a continuação do evento.
A prova de fato ocorreu no domingo, felizmente, sem qualquer episódio de ataque, mas deixou no grid um clima de aflição. Um ano depois, o circo da Fórmula 1 retornou ao local com a maioria tranquila após garantias de segurança recebidas pelas autoridades sauditas.
“Embora eu não possa falar pelos outros 19 pilotos, no geral acho que estamos felizes e não temos preocupações, mas acho que há muitas lições a serem aprendidas com o que aconteceu 12 meses atrás, e a Fórmula 1 realmente intensificou isso. E não apenas em relação ao que está acontecendo aqui na Arábia, mas em todos os Grandes Prêmios que vamos”, afirmou George Russell.
Charles Leclerc disse: “Tivemos uma reunião com a FIA e, obviamente, com as pessoas envolvidas no governo para nossa segurança. Houve algumas melhorias e, obviamente, eles estão se esforçando bastante depois de ver o que aconteceu no ano passado.”
Kevin Magnussen apontou: “Acho que é uma situação diferente agora, um protocolo diferente e um cessar-fogo entre as duas partes que estiveram envolvidas no ano passado, e isso dá alguma confiança.”
“Estou feliz em voltar”, respondeu Sergio Pérez. “Acho que também podemos ajudar o país a evoluir para as pessoas que vivem aqui. Isso é algo do qual podemos nos orgulhar como esporte e, por outro lado, confiamos plenamente nas organizações que nos trazem aqui para competir em um lugar seguro.”
Depois de algumas falas dos pilotos, Lewis Hamilton também foi questionado sobre o assunto. “Não há muito a acrescentar. Tudo ao contrário de tudo que eles disseram”, respondeu o heptacampeão, ainda acrescentando que sua fala estava “aberta à interpretação”.
“Espero que todos tenham um fim de semana seguro e que todos voltem seguros depois, é o máximo que podemos fazer, certo?”, argumentou o piloto da Mercedes.
Por fim, Hamilton não deixou de destacar o fato da necessidade da categoria aumentar sua conscientização por causas humanitárias ao redor do planeta.
“Sinto que precisa ser feito mais. O que é isso, não tenho todas as respostas. Sempre precisamos fazer mais para aumentar a conscientização sobre as coisas com as quais as pessoas estão lutando”, ressaltou Lewis Hamilton.
Fonte: f1mania
