F1: Hamilton achava que Lauda não gostava dele antes de sua mudança para a Mercedes


Lewis Hamilton relembrou os comentários de Niki Lauda, que o fizeram pensar que o austríaco não gostava dele, algo que mudou profundamente se transformando em uma grande amizade.

Quando Hamilton ainda corria com a McLaren nos primeiros anos de sua carreira na Fórmula 1, de 2007 a 2012, poucos esperavam que a Mercedes fosse a equipe que o atrairia.

Mas foi exatamente isso que aconteceu. O ex-presidente não executivo da Mercedes e três vezes campeão de F1, Lauda, atraiu Hamilton da McLaren para a Mercedes, uma mudança que desde então rendeu mais seis títulos na F1 para Hamilton (o primeiro ele conquistou ainda na McLaren em 2008), colocando-o no mesmo nível que Michael Schumacher.

Hamilton revelou, que durante seu tempo na McLaren, ouviu Lauda fazer alguns comentários que deram a impressão de que o austríaco não gostava dele.

No entanto, quando chegou a hora de eles se encontrarem e discutirem uma possível mudança para a Mercedes, Hamilton disse que a dupla descobriu o quanto eles tinham mais em comum do que pensavam e, a partir daí, quaisquer pensamentos de antipatia desapareceram completamente.

Lauda faleceu em 20 de maio de 2019, dias antes do GP de Mônaco daquele ano.

“Sinto tanto a falta de Niki”, disse Hamilton enquanto olhava para as fotos do momento chave de sua carreira na Mercedes em um vídeo da equipe. “Tivemos algumas das melhores e mais engraçadas conversas. Ele foi uma das pessoas mais engraçadas que já conheci.”

“Eu sei que ele foi bastante crítico comigo, e nós realmente não nos conhecíamos. Isso foi enquanto eu estava na McLaren e ele fez alguns comentários, e eu pensei: ‘Niki não gosta de mim’. Mas me lembro dele me ligando em 2012, pedindo que eu viesse para a equipe (Mercedes). Nós nos conhecemos e tivemos uma conversa muito profunda e ele disse: ‘Você é como eu’, e então, a partir daquele momento, percebemos que tínhamos muito mais em comum do que imaginávamos e passamos a ter um relacionamento incrível”, disse Hamilton.

“Costumávamos voar juntos para as corridas, principalmente quando voltávamos do Japão, e ele contava as histórias mais engraçadas e você ficava rindo no chão, eu e Toto (Wolff, chefe da Mercedes) com as coisas que ele dizia e inventava. Ele era um lutador e ainda faz parte do time.”

Hamilton continuou: “Um dos momentos de orgulho para mim, era que Niki costumava sempre, se eu fizesse um bom trabalho, tirar seu boné, que ele não tirava por nada mesmo, e se eu fizesse um trabalho ruim, ele fazia assim (esfregando os dedos simbolizando dinheiro), basicamente dizendo: ‘Devolva meu dinheiro’,” acrescentou.

No GP de Mônaco em 2019, poucos dias após o falecimento de Lauda, Hamilton correu com um capacete em homenagem a Lauda, e venceu a corrida, que foi dura para o heptacampeão, pois ele teve que fazer a parte final da prova com os pneus bem gastos, mas conseguiu manter o pelotão perseguidor afastado e venceu o GP.

O britânico, porém, praticamente não conseguiu comemorar a vitória, e em vez disso, foi direto para a cama, esgotado ‘mental e fisicamente’ pela dura corrida e pela perda de Lauda.

“Então esta foi a corrida em Mônaco em 2019, onde dediquei um capacete a ele”, disse Hamilton ao olhar para uma imagem daquele GP. “E foi um dia muito especial para ser honesto porque quase perdemos a corrida.”

“Foi muito importante para mim vencer aquela corrida para Niki, e não sei por que, mas acho que é porque foi naquela semana que Niki nos deixou, então significaria muito para mim se eu conseguisse aquela vitória, e eu consegui”, finalizou o britânico.

Fonte: f1mania

Anteriores F1: Alonso celebra mudança no Circuito de Barcelona, “mais divertido de pilotar”
Próxima F1: Ticktum argumenta que na Fórmula 1 existem pilotos que não merecem estar na categoria