A partir de 2021, pela primeira vez, as equipes da F1 foram limitadas em seus gastos na competição. A medida em vigor visa equilibrar o campeonato, uma vez que times como Ferrari, Mercedes e Red Bull contavam com um orçamento de operação exorbitante se comparado ao resto do pelotão.
No ano passado, os gastos foram restringidos em U$ 145 milhões [R$ 748,90 milhões] e neste ano houve uma redução no valor para U$ 140 milhões [R$ 723,07 milhões]. Ainda, pelo regulamento, os salários dos pilotos e dos três funcionários mais bem pagos não entram na conta.
Embora a medida gere críticas, como Christian Horner argumentando que o limite é muito baixo, ou aqueles que afirmam que o efeito no campeonato vai demorar anos para ser visto, há quem aprecie o teto orçamentário. Esse é o caso do ex-piloto da categoria Romain Grosjean.
O francês deixou a F1 um ano antes da introdução do teto de gastos, mas considerou a medida um dos maiores feitos do esporte, ficando apenas atrás do Halo, dispositivo de segurança que salvou sua vida no GP do Bahrein de 2020.
“O teto orçamentário é a melhor ideia da história da F1 depois do Halo”, disse Grosjean à Gazzetta dello Sport. “Dito isso, medidas mais duras seriam necessárias se ele fosse violado.”
O comentário de Grosjean se refere à Red Bull. A equipe austríaca infringiu o regulamento financeiro em 2021 e como punição recebeu uma multa de U$ 7 milhões [R$ 37,36 milhões], além de redução no tempo de desenvolvimento aerodinâmico para o carro de 2023.
“Mesmo que o valor final atribuído à Red Bull seja menor do que o assumido no início, alguns milhões podem fazer a diferença. Se a penalização for leve para alguns milhões, amanhã outro time pode pensar em ultrapassar seis ou 10 milhões”, argumentou sobre o veredito da FIA.