A Fórmula 1 está pisando no acelerador rumo a um futuro sustentável, e o novo motor da categoria, deverá ser um propulsor com ‘DNA de rua’. A FIA deu um recado claro: o desenvolvimento dos motores da F1 pós-2026 precisa ser relevante para o que acontece nas ruas e estradas, para manter o interesse das grandes montadoras.
Enquanto as atuais unidades híbridas de 1.6l V6 turbo continuam em cena até 2025, a partir de 2026 o cenário vai mudar. O MGU-H sai de cena, a eletrificação ganha ainda mais protagonismo com 50% da potência, e combustíveis totalmente sustentáveis serão obrigatórios. Essas mudanças já atraíram gigantes como Audi, Honda e Ford para o time de fornecedores de motores, e a FIA quer manter a F1 como vitrine tecnológica para o mundo real.
“O passo para 2026 está definido, mas o que vem depois ainda está em discussão”, afirmou Nikolas Tombazis, diretor de monopostos da FIA. “Combustíveis mais sustentáveis, hidrogênio, onde a FIA está investindo bastante, ou ainda mais eletrificação, tudo está aberto. Mas sempre queremos estar alinhados com o que as montadoras querem fazer. Não podemos nos distanciar do mundo real”, disse ele.
A ambição da F1 é zerar as emissões de carbono até 2030, e os novos motores são apenas parte da solução. Tombazis alerta que os carros em si representam menos de 2% da pegada de carbono total do esporte. Logística, calendários, fornecimento de energia aos circuitos e outros fatores também serão atacados.
“É obvio que nossa responsabilidade vai além dos carros. Precisamos atacar os 98% restantes com logística, materiais, número de componentes, calendários… Mas o lado dos carros é crucial. É onde as montadoras podem desenvolver tecnologias que chegarão às ruas”, concluiu Tombaziz.
Com esses objetivos para o futuro, a Fórmula 1 acelera em direção a uma era verde. Resta saber quais caminhos serão trilhados para alcançar a sustentabilidade total e manter o show de alta velocidade nas pistas.
Fonte: f1mania