A FIA instituiu novas regras em torno de ex-líderes da organização. O novo artigo 9.17 do Código Desportivo Internacional da FIA, estabelece o que os membros seniores da FIA podem ou não fazer depois de deixarem os seus cargos.
Essas novas regras que entram em vigor em 2023 já causaram alguma polêmica por causa da proibição de declarações políticas dos pilotos. No mesmo novo conjunto de regras, outra medida também foi aplicada. Ex-presidentes e vice-presidentes da FIA não podem ter uma função em nenhuma equipe da Fórmula 1 nos primeiros seis meses após sua saída da organização.
A regra foi criada para evitar que qualquer uma das equipes da F1, obtenha uma vantagem injusta sobre o restante do grid. A FIA tem uma visão considerável das finanças, planos e organização de todas as equipes da categoria, e sabe quais planos são formados para novas regras antes de serem realmente introduzidas. Todas essas informações podem dar a uma equipe uma vantagem significativa no início de uma temporada. A suposição é que depois de seis meses, essa informação não é mais nova ou secreta e, portanto, não ofereceria mais vantagem para as equipes.
Jean Todt é o único ex-presidente vivo da FIA. Graham Stoker foi seu vice-presidente de esportes. Ambos deixaram seus cargos há cerca de um ano e, portanto, não seriam atingidos pela nova regra, caso queiram ingressar em alguma equipe da F1.
A redação exata da regra é a seguinte: “Uma equipe inscrita em um campeonato da FIA, não pode contratar ou usar os serviços de um ex-presidente da FIA ou de um ex-vice-presidente da FIA para esportes (seja como funcionário, contratante independente, consultor, ou outro) até que tenham decorrido seis meses desde a data em que deixaram de exercer o cargo de presidente ou vice-presidente (conforme aplicável), e em qualquer caso a referida equipe não poderá, sem limite de tempo, obter, se beneficiar ou usar informações confidenciais obtidas por um ex-presidente da FIA ou um ex-presidente delegado para o esporte da FIA durante seu mandato”.