F1: Ferrari usa recurso aerodinâmico inovador em teste de pneus da Pirelli


A Ferrari participou de um teste da Pirelli no circuito de Hungaroring, com uma novidade técnica que antecipa o regulamento aerodinâmico da Fórmula 1 para 2026. Charles Leclerc pilotou um ‘carro-mula’ equipado com um dispositivo de asa dianteira móvel, recurso inédito utilizado até aqui nos testes de desenvolvimento de pneus.

Essa medida teve como objetivo simular os níveis reduzidos de downforce que serão exigidos a partir de 2026, quando os carros passarão a contar com asas dianteiras e traseiras móveis para otimizar o desempenho entre curvas e retas.

Segundo Mario Isola, chefe da Pirelli, o experimento trouxe informações valiosas: “Foi bom confirmar, especialmente que os testes feitos com carros sem esse dispositivo ainda são relevantes. Encontramos diferenças, mas conseguimos comparar os dados e entender o impacto. Isso significa que podemos tornar todos os testes aerodinâmicos relevantes”, disse ele.

Isola ponderou, no entanto, que a simulação ainda não corresponde integralmente ao que será visto nos novos carros: “Esse dispositivo não funciona tão bem quanto será nos carros de 2026, porque hoje a maior parte da carga aerodinâmica vem do assoalho, não das asas. Provavelmente no próximo ano o efeito será maior, com mais redução de arrasto e de carga do que conseguimos medir com um ‘carro-mula’, mas já foi útil ter essa possibilidade”, acrescentou.

Enquanto Aston Martin, Sauber, McLaren, Racing Bulls e Alpine, optaram apenas por simular menor carga traseira utilizando o DRS constantemente aberto em seus testes, a Ferrari foi além ao introduzir a peça móvel na dianteira, permitindo uma avaliação mais detalhada dos pneus.

Charles Leclerc (MON) Ferrari SF-25.
Foto: XPB Images

O teste coincidiu com uma data-chave, pois na segunda-feira, 1º de setembro, a Pirelli homologou oficialmente a gama de compostos de pneus C1 a C6 que será usada em 2026. Apesar de manter o aro de 18 polegadas, a fabricante alterou diâmetro e largura dos pneus, o que exigiu a reformulação completa do perfil.

“Esse perfil define a área de contato e como ela se comporta. Isso é de extrema importância para determinar desgaste, degradação e até o risco de bolhas. A mudança é bastante grande”, afirmou Isola.

Com poucas sessões de testes restantes este ano, em Monza, Mugello e México, a Pirelli trabalha para ajustar a gama de compostos ao desempenho real dos futuros carros: “Queremos ampliar um pouco as diferenças de tempo entre os compostos e manter flexibilidade, para poder ir mais para o lado macio ou duro conforme as necessidades”, concluiu o dirigente.

Fonte: f1mania

Anteriores Policial Civil é Morto a Pauladas em Favela do Centro de São Paulo
Próxima 'Espero condenação': deputado do PT diz que Brasil está em momento crucial e pede condenação de Bolsonaro