A Ferrari está utilizando seus dois dias de filmagem permitidos na Fórmula 1, para testar em Fiorano esta semana, um pacote significativo de atualizações que serão levadas para o GP da Emilia Romagna.
O início da equipe italiana foi encorajador em 2024, com seis pódios e uma dobradinha na Austrália (com vitória de Carlos Sainz) e se posicionando em segundo luga no campeonato de construtores no momento. Mesmo assim, ao contrário de seus principais rivais, a Ferrari ainda não introduziu atualizações no SF-24, enquanto a McLaren se beneficiou do pacote para o MCL38 que ajudou Lando Norris a vencer em Miami.
Visando seu retorno ao topo em Ímola, onde não vence desde Michael Schumacher em 2006, a Ferrari optou por usar seus últimos dias de filmagem com o carro modificado. Imagens vazadas online do primeiro, dia revelaram que o piloto reserva Oliver Bearman está acumulando mais experiência na F1. O britânico, que substituiu Carlos Sainz na Arábia Saudita e conquistou o sétimo lugar, participará do TL1 em Ímola com a Haas.
Nesses dias de filmagem, a Ferrari ficará limitada a 200km com pneus Pirelli específicos, mas isso ainda permitirá correlacionar os dados de pista com as simulações de túnel de vento.
Apesar de rumores na imprensa italiana apontarem para um grande salto de performance, o chefe da Ferrari, Frederic Vasseur, negou expectativas exageradas: “Não podemos esperar uma revolução, mas é tão acirrado que isso pode trazer alguma melhora.”
“Nossos concorrentes trouxeram peças e não foi um divisor de águas. Mas quando na sessão de classificação você tem quatro ou cinco carros em um décimo, se você traz um décimo, isso muda o final de semana. Grande parte do resultado também vem do trabalho com os pilotos, acerto do carro e gestão de pneus. Não devemos pensar apenas em atualizações, mas também no trabalho que fazemos na pista”, disse ele.
Vasseur justificou o ‘timing’ das atualizações: “O fato de Ímola ser perto da fábrica nos ajuda a trazer algo, porque podemos liberar as peças um pouco mais tarde. Mas não, não tem nada a ver com a Itália. Novamente, não podemos esperar uma revolução, mas é tão acirrado que isso pode trazer evolução”, encerrou o chefe da Ferrari.
Fonte: f1mania