F1: Ferrari perdeu dois meses no desenvolvimento de asa flexível, segundo Vasseur


Frederic Vasseur, chefe da Ferrari, afirmou que a equipe perdeu até dois meses no desenvolvimento de uma asa dianteira flexível, devido à espera pela definição da legalidade do dispositivo pela FIA. Enquanto isso, concorrentes como McLaren e Mercedes aproveitaram os benefícios aerodinâmicos desse tipo de componente ao longo da temporada 2024 da Fórmula 1.

“Aguardávamos a decisão da FIA quando instalaram câmeras em Spa para monitorar as asas. Estávamos convencidos de que seria proibido, mas acabou sendo permitido. Provavelmente perdemos um ou dois meses”, disse Vasseur ao Motorsport.com.

Fora o tempo perdido, Vasseur destacou que as restrições do teto orçamentário influenciaram as decisões da Ferrari. Segundo ele, era arriscado investir recursos em algo que poderia ser considerado irregular. “Com o teto de custos, você precisa fazer escolhas. Se está convencido de que algo não será permitido, investir nisso significa gastar tempo no túnel de vento e recursos que poderiam ser usados em outro lugar. Foi uma decisão nossa”, acrescentou.

A Ferrari só introduziu sua versão da asa flexível no GP de Singapura, mas rapidamente colheu frutos com desempenhos consistentes, incluindo uma dobradinha no GP dos EUA e uma vitória de Carlos Sainz no México.

Embora a FIA tenha permitido o uso das asas dianteiras flexíveis em setembro, o tema permanece em discussão. Segundo comunicado do órgão, o desafio está na variação dos padrões de carga aerodinâmica entre as equipes, dificultando a criação de um teste uniforme de deflexão.

“A FIA tem o direito de introduzir novos testes se irregularidades forem suspeitas. Não há planos para medidas de curto prazo, mas estamos avaliando a situação para o médio e longo prazo”, declarou o órgão.

Com o debate ainda em aberto, a Ferrari segue tentando recuperar o tempo perdido, enquanto outras equipes continuam a explorar as vantagens aerodinâmicas em busca de resultados consistentes.

Fonte: f1mania

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