F1: Ex-piloto faz críticas à Ferrari pela saída de Binotto


O ex-piloto de Fórmula 1, Christijan Albers, criticou a decisão da Ferrari de se separar de Mattia Binotto no final da temporada 2022.

Depois de quatro temporadas no comando, Binotto renunciou ao cargo de chefe da equipe logo após o final da temporada 2022, sendo substituído na próxima temporada por Frederic Vasseur, ex-chefe da Alfa Romeo-Sauber.

Embora a Ferrari não tenha permanecido na disputa pelos títulos ao longo de 2022, a equipe voltou a conseguir vitórias pela primeira vez desde 2019, sob o comando de Binotto no inovador F1-75, que conquistou o maior número de poles na última temporada.

Albers, que correu em 46 GPs na F1 entre 2005 e 2007, ficou surpreso com as mudanças na Ferrari, e deu a entender que Binotto foi o ‘bode expiatório’ pelo fracasso da equipe em sustentar seu forte início de temporada.

Ele disse à publicação holandesa De Telegraaf: “Acho incompreensível que a Ferrari tenha se separado de Binotto. Ok, oficialmente ele se demitiu, mas todo mundo sabe como funciona. Eu sinto que ele foi um ‘bode expiatório’, pois alguém tinha que ser culpado, então você rapidamente acaba com o chefe da equipe.”

“Ainda assim, Binotto foi fundamental para tornar a Ferrari competitiva novamente. Todo mundo esquece o quão ruim aquele time era há pouco mais de um ano”, acrescentou Albers.

Com a chegada de Vasseur, isso significa que a Ferrari teve cinco chefes de equipe diferentes desde que Jean Todt, o chefe no período dominante de Michael Schumacher na virada do século, que deixou o cargo no final de 2007.

Em contraste, o chefe da equipe Red Bull, Christian Horner, está no cargo desde que a gigante das bebidas energéticas chegou ao grid em 2005, enquanto o diretor executivo e chefe da equipe Mercedes, Toto Wolff, ocupa o cargo desde 2013.

Albers acredita que a continuidade é a chave para o sucesso na F1, acrescentando: “A única maneira de alcançar o sucesso é deixar as pessoas crescerem em suas posições e dar-lhes tempo para construir uma equipe.”

“Na verdade, eu achava que Binotto tinha uma aparência tranquila, porque ele era muito calmo e parecia mais um professor de geografia. Não acho justo que ele tenha sido expulso” disse o ex-piloto.

Albers também comentou que a vida na Ferrari oferece um desafio único e diferenciado, e apontou para um dos primeiros atos de Vasseur como chefe da equipe Sauber em 2017, quando ele cancelou um acordo para utilizar os motores Honda que eventualmente levariam Max Verstappen ao título na F1, como uma indicação de que ele pode não ter o que é preciso para trazer sucesso à Scuderia. “A Ferrari é um ‘bolo’ um pouco diferente, mais de mil pessoas trabalham lá”, continuou.

“Muitas pessoas falam bem de Vasseur, mas é convenientemente esquecido que em seu primeiro dia na Sauber, ele sozinho estragou o acordo iminente com o fornecedor de motores Honda. E todos nós sabemos quanto sucesso eles tiveram com a Red Bull nos últimos anos”, concluiu Albers.

 

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