A Associação de Pilotos de Grand Prix (GPDA) deveria receber mais poder. Essa é a opinião de o ex-piloto e tricampeão de F1, Jackie Stewart, depois que Lewis Hamilton também disse que acredita que o sindicato dos pilotos deveria ter mais voz ao discutir certas questões.
Frequentemente, a Liberty Media e a FIA tomam decisões e fecham acordos, sem que os pilotos sejam ouvidos. Um exemplo disso foi o que aconteceu no ano passado na Arábia Saudita, quando um ataque de mísseis aconteceu em uma região não muito distante do circuito onde estava sendo realizado o final de semana de corrida. O CEO da F1, Stefano Domenicali, afirmou que o final de semana de GP seguiria normalmente, embora não houvesse nem mesmo uma imagem clara de como os pilotos se posicionaram sobre isso. Isso fez com que as conversas entre a FIA e os pilotos continuassem até tarde da noite de sexta-feira, sobre se deveriam interromper as atividades ou não.
Stewart afirmou que a GPDA é agora, muito menos poderosa do que quando ele era presidente do sindicato dos pilotos. “Acho que isso está errado. Acho que deveríamos ter mais influência”, disse o britânico de 83 anos em conversa com a Express Sport.
A GPDA foi criada em 1961 para garantir a segurança na categoria. Sem a aprovação da GPDA, certas coisas simplesmente não eram implementadas na F1, mas isso é muito diferente em 2022. O poder agora está inteiramente nas mãos dos formuladores de políticas. A GPDA era conhecida por possuir poder inclusive para boicotar alguns eventos, incluindo o GP da Bélgica em 1969 e o GP da Alemanha em 1970, normalmente por questões envolvendo a segurança.
George Russell é o atual presidente da GPDA. Ele sucedeu Romain Grosjean quando o francês deixou a Fórmula 1 no final de 2020.