F1: Estatísticas de ultrapassagens confirmam receio dos pilotos sobre carros difíceis de seguir


À medida que os engenheiros se familiarizam com a mudança nos regulamentos, a capacidade de seguir os carros da Fórmula 1 de perto, voltou a ser a mesma de anos anteriores.

Os regulamentos de 2022 foram introduzidos não apenas para tentar nivelar a hierarquia na F1, mas para promover corridas mais próximas, eliminando algumas das desvantagens de seguir de perto outro carro, devido ao ‘ar sujo’ que era gerado.

No ano passado, isso foi amplamente elogiado com muitos pilotos afirmando que a mudança nos regulamentos alcançou o efeito desejado, mas, um ano depois, parece que a F1 voltou aos velhos tempos.

Já na primeira corrida deste ano, o GP do Bahrein, houve 30 ultrapassagens, menos da metade do que houve em 2022. Na Arábia Saudita, os números seguiram um padrão semelhante, com as ultrapassagens caindo de 38 para 33, apesar de Max Verstappen e Charles Leclerc largarem no meio do grid.

Parece que com um ano de trabalho nos regulamentos e o conjunto perfeito de dados que vêm de uma temporada inteira de corridas, os engenheiros e projetistas das equipes modificaram seus carros para obter mais desempenho aerodinâmico, mas isso passou a gerar ‘ar sujo’ novamente.

De acordo com a Auto Motor und Sport, isso é algo que os pilotos também notaram.

“Eu poderia ter ido um pouco mais rápido, mas quando estava a menos de um segundo de Carlos (Sainz), senti a turbulência do carro à frente”, disse Charles Leclerc, enquanto Max Verstappen observou que podia sentir o impacto do ar turbulento em altas velocidades. Sainz já chegou a dizer que os carros 2023, são como os carros antigos.

Mas o que especificamente mudou? Pode-se dizer que começa com as asas dianteiras, principalmente as da Ferrari.

A equipe italiana causou um certo rebuliço antes do início da temporada, depois de apresentar uma asa dianteira com pequenas aletas, que pareciam muito com o design da Mercedes, que foi banido no GP dos EUA de 2022. A Ferrari, no entanto, teve permissão para usar essa asa, após uma mudança nos regulamentos durante as férias e isso ajudou no fluxo de ar do carro.

Essas asas direcionam o ‘ar sujo’ para longe das rodas, e embora isso ajude o próprio carro, não é muito bom para o carro que está atrás.

Mas a razão pela qual equipes como Ferrari, Red Bull e Aston Martin tiveram que encontrar essas novas maneiras de melhorar a aerodinâmica, foi por causa da queda no desempenho como resultado do aumento da altura do assoalho.

Para combater o ‘porpoising’, um problema o qual a Ferrari e a Red Bull em particular quase não enfrentaram em 2022, a FIA ordenou que as equipes aumentassem a altura do assoalho em 15 mm em relação ao chão, e embora isso tenha reduzido o problema, significou que a FIA teve que permitir que os engenheiros tivessem um pouco mais de liberdade quando se trata de regulamentos aerodinâmicos.

Mas se essa questão do ‘ar sujo’ continuar, a Auto Motor und Sport informou que a FIA estaria disposta a intervir novamente, da mesma forma que fez em relação ao ‘porpoising’.

Fonte: f1mania

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