A Fórmula 1 divulgou seu primeiro relatório ambiental, social e de governança (ESG), trazendo boas notícias para o futuro do esporte. O documento indica que a categoria está no caminho certo para atingir sua meta de emissões zero de carbono até 2030.
Em 2019, a F1 anunciou sua ambição de reduzir sua pegada de carbono e se tornar neutra em emissões de carbono até 2030. Desde então, a categoria vem tomando medidas para atingir esse objetivo.
Uma delas foi a redução do número de funcionários enviados aos GPs. A F1 também introduziu o uso de combustíveis sintéticos e se comprometeu a utilizar fontes de energia renovável sempre que possível.
Considerando 2018 como base, a F1 emitiu 256.000 toneladas de dióxido de carbono. O relatório ESG mostra que esse número caiu para cerca de 223.031 toneladas na temporada de 2022, representando uma redução de 13%. O dado referente a 2023 ainda não está disponível.
A logística da categoria é responsável por quase metade (49%) das emissões de carbono da F1. O ligeiro aumento em 2022 se deve ao retorno do Japão e da Austrália ao calendário. Para minimizar esse impacto, a F1 implementou a regionalização de algumas etapas, como a mudança do GP do Japão para abril e do GP do Azerbaijão para setembro.
O CEO da F1, Stefano Domenicali, afirmou: “A sustentabilidade é um dos fatores mais importantes para nós, não apenas como esporte, mas também como negócio.”
Além da questão ambiental, a F1 também demonstra avanços em diversidade. Após o encerramento da W Series, a categoria criou seu próprio campeonato feminino em 2023, a F1 Academy.
Para 2024, a F1 Academy contará com mais etapas de suporte à categoria principal. Além disso, a iniciativa ‘Descubra sua Pista’ foi lançada com o objetivo de encontrar futuros talentos para a F1 Academy.
O relatório aponta um aumento de 265% no número de participantes do sexo feminino entre 11 e 16 anos, considerando os quatro pilares principais de engajamento juvenil: identificação de talentos, participação, progresso e comunidade.
A campeã de 2023, Marta Garcia, conquistou uma vaga totalmente financiada na FRECA, com a equipe Prema Racing. O relatório também destaca um aumento significativo de meninas classificadas para a final do Campeonato Britânico de Kart Indoor, passando de 2,5% em 2022 para 9% em 2023.
Esses resultados são parcialmente creditados à iniciativa ‘Descubra sua Pista’, que contou com o apoio da Motorsport UK (federação nacional britânica de automobilismo) e da TeamSport, rede de kartódromos indoor.
Fonte: f1mania