F1: Engenheiro-chefe da Red Bull não acredita em ‘cópias’ de carros em 2023


O engenheiro-chefe da Red Bull, Paul Monaghan, afirmou que não acredita que os carros das equipes de ponta sejam fisicamente semelhantes em 2023, apesar do amadurecimento das regras.

Com as regras do efeito solo entrando em seu segundo ano após serem introduzidas em 2022, o período de intervalo entre as temporadas permite que as equipes façam correções nos pontos fracos identificados com os conceitos de seus carros.

Depois do amplo domínio da Red Bull em 2022, não é muito provável um design revolucionário para 2023, mas outras equipes podem buscar inspiração no caminho do projeto da Red Bull.

É esperada uma convergência de ideias, pois as equipes descobrem a melhor forma de extrair desempenho do livro de regras atual, mas apesar disso, Monaghan não acredita que haja perigo de as equipes projetarem versões idênticas da mesma ideia.

“Simplificando, não”, disse ele à imprensa no final da temporada 2022. “Não acho que os carros terão uma aparência idêntica. Acho que ainda não chegamos a esse ponto. Os regulamentos governam mais de perto do que costumavam. Mas existem algumas diferenças, principalmente se você olhar para a Mercedes, a Ferrari e o carro da Red Bull.”

“Existem algumas diferenças significativas. Há mudanças de regulamentação chegando para o próximo ano, todos nós vamos ter a mesma solução na primeira corrida? Eu duvido. Isso não parece ser o caminho do nosso esporte. Então, acho que haverá diferenças aí. Elas serão menores em magnitude do que vimos em, digamos, 2010, 2011, 2012 e assim por diante (referindo-se à última grande mudança nas regras aerodinâmicas, introduzida em 2009). Essa é a evolução do esporte e que assim seja”, acrescentou.

As mudanças nas regras que serão introduzidas em 2023 se concentram principalmente em neutralizar o fenômeno do ‘porpoising’, uma oscilação severa que ocorre quando o carro atinge altas velocidades e gera efeito de ‘saltos’. A FIA tomou medidas para diminuir os perigos disso ainda a temporada 2022, com uma solução de longo prazo sendo implementada por meio do design do assoalho para 2023.

Questionado sobre sua opinião sobre o sucesso dos novos regulamentos de efeito solo, e se gostaria de ver mais mudanças em 2024, Monaghan respondeu: “Não gostaria de dizer que esses regulamentos são bons, ruins ou indiferentes. Pessoalmente, acho que eles estão um pouco restritos porque os carros são bastante semelhantes e nossas liberdades são reduzidas, em comparação com os anos anteriores”, disse ele.

“Se o objetivo era fazer com que os carros corressem um pouco mais próximos uns dos outros, parece que deu certo. Não é realmente se gostamos ou não das regras, é o quão bem podemos trabalhá-las. E alguns disseram muito gentilmente que talvez tenhamos tido sorte e atingido um grande desenvolvimento desde o início, e conseguido os benefícios.”

“Então, em termos de exploração do regulamento, todas as equipes parecem ser capazes de fazer isso. O ‘porpoising’ é uma característica de carros de efeito solo, e atingiu todo mundo em maior ou menor grau, e dependendo do circuito. A FIA, como observado, trouxe a Diretriz Técnica e algumas interpretações de regulamento aplicadas para Spa, que afetaram a todos. Existem algumas pequenas mudanças para o próximo ano, que todos terão que aprender e adaptar, tentar explorar e seguir em frente”, finalizou Monaghan.

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