F1: Diretor da McLaren afirma que a categoria deveria ter lidado melhor com o ‘porpoising’


O diretor técnico da McLaren, James Key, acredita que a Fórmula 1 deveria ter sido mais sábia para lidar com o problema que prejudicou a temporada 2022 para várias equipes, o ‘porpoising’.

A introdução de novos regulamentos aerodinâmicos foi recebida de braços abertos, pois oferecia um novo começo para os projetistas das equipes, enquanto prometia disputas mais próximas na pista.

O que faltou ser levado em consideração, no entanto, foi o nível do ‘porpoising’ que afetou os carros devido à natureza do efeito solo das novas regras, com algumas equipes sendo mais afetadas do que outras.

A Mercedes, especialmente, reclamou muito, levando a uma pequena mudança nas regras durante a temporada, bem como a uma alteração mais significativa para 2023.

Key diz que, no geral, os novos regulamentos foram bem-sucedidos, mas uma área foi significativamente negligenciada pela F1.

“Definitivamente tivemos corridas em que os carros puderam acompanhar mais próximos, em pistas onde antes era mais difícil”, disse Key, falando para imprensa.

“Vimos muito mais ultrapassagens do que esperávamos, em Hungaroring, por exemplo, e em alguns outros circuitos, onde tradicionalmente era difícil.”

“Todos os pilotos comentaram sobre o fato de ser mais fácil de seguir, então, definitivamente, esse objetivo foi alcançado. Temos que agradecer à FIA por colocar essa iniciativa em funcionamento, e ser pioneira em muitas das pesquisas iniciais e se envolver com as equipes de maneira muito proativa”, disse ele.

“Acho que duas coisas foram menos óbvias para nós, uma foi o ‘porpoising’. Se tivéssemos idade suficiente para estar nos anos 80 e nos lembrássemos da última vez que esse problema ocorreu entre os 70 e 80, provavelmente teríamos sido um pouco mais sábios em relação a isso”, acrescentou.

Houve outro efeito colateral do regulamento que não era tão aparente, segundo Key, que era o efeito do vácuo.

Embora a aerodinâmica dos carros permitisse que um seguisse o outro com mais facilidade, a ultrapassagem provou ser mais difícil, especialmente sem o uso do DRS.

“O efeito de vácuo que costumávamos ter, obviamente fazia parte das ultrapassagens, mas perdemos um pouco isso”, acrescentou Key. “É bastante complicado. Acho que perdemos alguma coisa nisso”, finalizou.

 

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