O brasileiro Lucas di Grassi, campeão da Fórmula E e ex-piloto de Fórmula 1, afirmou que o escândalo do ‘Crashgate’ em 2008 teve impacto direto em sua trajetória no automobilismo. Segundo ele, o episódio, em que Nelson Piquet Jr. bateu de forma deliberada para favorecer Fernando Alonso no GP de Singapura, impediu sua promoção ao posto de titular na Renault (atual Alpine).
“Isso prejudicou minha carreira, porque eu era o piloto reserva da Renault”, afirmou Di Grassi em entrevista ao RacingNews365: “Eu ia ficar com o lugar do Nelson, porque ele, naquela época, já estava praticamente demitido. Depois de Singapura, tudo parou e renovaram o contrato dele. Aquilo também impactou minha carreira. Talvez eu devesse processar a Renault”, brincou.
O brasileiro explicou que o escândalo interrompeu uma oportunidade que poderia ter mudado seu futuro na F1: “É muito difícil, mas certamente teria feito diferença. Eu provavelmente teria disputado algumas corridas com uma equipe melhor, em vez de correr pela Virgin. Teria marcado pontos na Fórmula 1 e minha vida financeira teria sido diferente na época”, afirmou.
Di Grassi também contou que desconfiava de algo estranho após o acidente de Piquet, mas só teve confirmação quando o caso veio a público: “Eu tinha minhas suspeitas, mas nunca foi confirmado. Só fiquei sabendo de toda a história quando ela foi totalmente revelada”, acrescentou.
O escândalo voltou a ganhar destaque recentemente devido ao processo movido por Felipe Massa contra a FIA, a FOM e Bernie Ecclestone, em que o ex-piloto pede US$ 82 milhões em indenizações. Massa alega que o resultado manipulado do GP de Singapura o impediu de conquistar o título na F1 em 2008, vencido por Lewis Hamilton, por apenas um ponto de vantagem sobre Massa.
A ação chegou a uma fase decisiva de audiências em Londres nesta semana, que poderá levar o caso a um julgamento completo. Atualmente com 41 anos, Lucas di Grassi segue competindo na Fórmula E e disputará a próxima temporada pela equipe Lola Yamaha ABT.
Fonte: f1mania
