A equipe da Scuderia Ferrari, tradicionalmente um dos principais nomes na Fórmula 1, está enfrentando dificuldades para atrair engenheiros estrangeiros de ponta. De acordo com o renomado jornalista italiano Leo Turrini, a forma como a equipe lidou com a saída do engenheiro britânico James Allison em 2016 ainda ecoa nos corredores de Maranello.
James Allison, um respeitado engenheiro e designer britânico, teve duas passagens pela equipe italiana. Ele ingressou na Ferrari pela primeira vez em 2000, permanecendo por cinco anos antes de se transferir para a Renault. Seu retorno à Ferrari foi em 2013, assumindo um papel de destaque como chefe técnico.
No entanto, em 2016, após a repentina morte de sua esposa, Allison solicitou a possibilidade de trabalhar temporariamente de sua casa na Inglaterra para estar mais próximo de seus três filhos. Naquela época, os carros pilotados por Vettel e Raikkonen enfrentavam desafios de competitividade. Dada a situação crítica, Sergio Marchionne, então presidente da Ferrari, solicitou que Allison retornasse ao trabalho presencial na fábrica mais cedo do que o planejado. Essa solicitação acabou por ser um ponto de ruptura, levando Allison a fazer sua transição para a equipe Mercedes pouco tempo depois.
Turrini refletiu sobre o ocorrido em seu blog, mencionando que, devido a esse episódio, “muitos técnicos estrangeiros hesitam diante das propostas da Ferrari, por estarem cientes da história recente da equipe”. Ele continuou a descrever o episódio como um “conto triste” e, olhando para trás, classificou-o como um “erro estrondoso” da equipe italiana.
A reputação da Ferrari em relação ao tratamento de seus membros mais proeminentes e sua consequente capacidade de atrair talentos estrangeiros continua sendo uma questão que a equipe precisa abordar à medida que busca retornar ao topo da Fórmula 1.
Fonte: f1mania