O ex-piloto de Fórmula 1, David Coulthard, acredita que os comissários do GP da Austrália foram excessivamente cautelosos ao acionar a bandeira vermelha, depois da batida de Kevin Magnussen no final da corrida no último domingo.
Quando a corrida entrou em suas últimas seis voltas com Max Verstappen nove segundos à frente de Lewis Hamilton, que por sua vez estava cerca de dois segundos à frente de Fernando Alonso, Magnussen bateu na parede na curva 2.
Deslizando ainda em velocidade depois de um forte impacto, o dinamarquês não apenas perdeu a roda traseira direita, mas também pedaços de metal e fibra de carbono do seu Haas ficaram espalhados pela pista.
Embora inicialmente a Direção da Corrida tenha colocado o Safety Car na pista, isso se tornou uma bandeira vermelha na volta 55 e os pilotos voltaram para o pit lane, para o segundo dos três períodos de bandeira vermelha do dia.
Fernando Alonso respondeu à chamada para os boxes com um: “O quê?”, com Verstappen também expressando sua descrença pelo rádio: “Que porra! Não precisamos de uma bandeira vermelha”.
Na coletiva de imprensa pós-corrida, Verstappen afirmou: “Não acho que precisávamos daquela segunda bandeira vermelha, acho que isso poderia ter sido feito com um Safety Car virtual ou, na pior das hipóteses, com um Safety Car. Vamos conversar sobre isso, acho que deixou muitos pilotos confusos sobre por que precisávamos de uma bandeira vermelha”, disse o holandês.
Reiniciando a corrida a duas voltas do fim, houve mais confusão que eliminou mais quatro carros da corrida, com colisões no espaço de apenas algumas curvas.
Isso levou a ainda mais críticas à decisão da Direção da Corrida, de sinalizar novamente com bandeira vermelha, com Verstappen dizendo que ‘eles mesmos criaram os problemas’.
Coulthard acredita que isso aconteceu, porque eles (Direção da Corrida) estavam sendo excessivamente cautelosos. “Kevin bateu na parede, perdeu uma roda e havia um pouco de detritos na pista, mas não vejo a necessidade da bandeira vermelha para isso”, disse o escocês ao Channel 4.
“E isso é realmente o que é muito confuso para mim. É um trabalho difícil, vamos lá, o árbitro vai estar sempre numa situação difícil e neste caso é claro que são os comissários e o diretor de prova. Mas é como se eles estivessem tão nervosos de tomar uma decisão errada, que eles estão tomando a decisão mais cautelosa o tempo todo. Um Safety Car teria resolvido isso, na minha opinião”, finalizou o escocês.
Fonte: f1mania