F1: Congo pede oficialmente que categoria interrompa negociações para GP em Ruanda


Em meio a um conflito diplomático e militar entre a República Democrática do Congo (RDC) e Ruanda, o governo congolês fez um apelo formal à Fórmula 1 para que cancele as negociações com o país vizinho para sediar um GP da categoria.

A ministra de Relações Exteriores da RDC, Therese Kayikwamba Wagner, enviou uma carta ao CEO da F1, Stefano Domenicali, expressando ‘profunda preocupação’ com as discussões em andamento. Wagner questiona se a F1 realmente deseja vincular sua marca a Ruanda, que segundo ela, ocupa parte do leste do Congo e apoia o grupo rebelde M23, responsável por um conflito que deslocou mais de 700 mil congoleses. A ministra apela para que Domenicali encerre as negociações e descarte Ruanda como potencial sede de um GP de F1.

Enquanto isso, a F1 respondeu que está monitorando a situação e que qualquer decisão futura será baseada em informações completas e no que for do interesse do esporte e de seus valores. A organização destacou que avalia todas as solicitações de potenciais sedes em detalhes.

Ruanda tem investido em esportes para promover o país, firmando parcerias com clubes de futebol como Arsenal e PSG. O presidente ruandês, Paul Kagame, chegou a anunciar publicamente a candidatura do país para sediar um GP de F1, afirmando que as discussões com Domenicali estavam avançadas. A prova seria realizada em um novo circuito permanente próximo ao Aeroporto Internacional de Bugesera, ainda em construção.

A África do Sul também manifestou interesse em receber a F1, com o governo incentivando candidaturas para um contrato de dez anos a partir de 2026 ou 2027, com o circuito de Kyalami ou um traçado de rua na Cidade do Cabo sendo as opções consideradas. O Ministro do Esporte sul-africano, Gayton McKenzie, defendeu que não há concorrência entre Ruanda e África do Sul, sugerindo que os dois países poderiam sediar GPs, como ocorre na Europa.

Fonte: f1mania

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