O chefe da Ferrari, Frederic Vasseur, levantou dúvidas sobre a legalidade dos recentes testes realizados por Max Verstappen com um carro antigo da Red Bull. Os testes foram realizados em Ímola poucos dias antes do GP da Espanha de Fórmula 1, com o holandês utilizando um carro um pouco mais antigo da equipe.
Vasseur não se opõe à realização de testes em si, mas questiona o objetivo desses realizados por Verstappen. “Ao longo da temporada, provavelmente faremos menos de dez testes desse tipo”, disse Vasseur à imprensa. “Mas é preciso diferenciar. Alguns desses testes podem ser feitos com pilotos reservas, enquanto outros, como esse de Verstappen, parecem ter um objetivo de desenvolvimento.”
Embora destaque que o teste está dentro do regulamento, Vasseur acredita que Verstappen não precisaria treinar em um carro antigo para a corrida seguinte na Áustria. “Não é para dar quilometragem a Max. Na semana entre Barcelona e Áustria, ele não precisa ir a Ímola só para isso”, acrescentou.
Os testes utilizando carros mais antigos de F1, costumam ser realizados por jovens pilotos para que tenham a oportunidade de pilotar um carro da categoria. A Mercedes, por exemplo, já permitiu que a jovem promessa Andrea Kimi Antonelli participasse desse tipo de testes. A Alpine também fez o mesmo com o piloto reserva Jack Doohan e o piloto júnior de sua academia, Kush Maini.
Diante disso, Vasseur sugere uma revisão dos regulamentos para esclarecer o que pode e o que não pode ser feito nesses testes. “Fica claro que esse tipo de teste serve para o desenvolvimento do carro, algo que poderia ser feito com jovens pilotos. Isso lhes daria a chance de acumular quilometragem na pista para usar no simulador. Acredito que, se for preciso uma fiscalização maior, deveríamos separar os testes feitos com pilotos titulares e os realizados com jovens pilotos”, concluiu Vasseur.
Fonte: f1mania
