Marcando sua primeira temporada como chefe de equipe na Aston Martin, e a Fórmula 1 sob um novo conjunto de regulamentos técnicos em 2022, Mike Krack experimentou a política da categoria dentro e fora da pista.
Enquanto na pista grande parte das preocupações era com o ‘porpoising’, com algumas equipes pedindo a intervenção da FIA para tentar resolver a questão, e outras achando que cabia às próprias equipes resolver seus problemas, fora da pista um assunto muito discutido foi o limite de orçamento.
A Red Bull foi uma das equipes, juntamente com algumas outras, que pediu que a FIA aumentasse o limite de orçamento, devido a um aumento imprevisto da inflação, outros, como Fred Vasseur, então chefe da Alfa Romeo (e chefe de equipe na Ferrari a partir de 2023), acreditavam que os times deveriam ‘desligar os túneis de vento’ para manter os custos mais baixos.
Depois de semanas de reclamações, as equipes conversaram com a FIA e concordaram com um aumento de 3,1% no limite.
Falando ao Sport 1, Krack disse: “Admito que fiquei surpreso com os pequenos detalhes relatados na Fórmula 1. E como a mídia costuma ser usada para fazer política. Um chefe de equipe correu para a mídia imediatamente depois da reunião e lamentou que o aumento não fosse grande o suficiente”, disse ele.
Krack continuou: “Prefiro falar sobre o esporte. Os fãs estão interessados em tempos de volta, menos em orçamentos ou outras coisas, mas talvez eu não seja político o suficiente.”
“Uma coisa é certa, você não deve superestimar tudo isso e sempre manter a calma”, acrescentou.
Mesmo Krack não identificando quem foi o chefe de equipe que foi ‘reclamar’ na mídia, isso é fácil de ser descoberto, pois logo após a citada reunião, o chefe da equipe Red Bull, Christian Horner, falou ao Autosport: “É o suficiente? Não em comparação com a inflação, e o que é hoje. Não é suficiente para nós e é demais para os pequenos, mas é um compromisso e um consenso que foi encontrado no final”, disse Horner na época.