O CEO da McLaren, Zak Brown, espera que a FIA mude as regras em torno da superlicença. Em entrevista à BBC, Brown afirmou que, em sua opinião, as regras são injustas com os pilotos da IndyCar.
A McLaren trabalhou muito com os pilotos da Indy este ano. Alex Palou e Pato O’Ward participaram de treinos livres com a McLaren na F1, e Colton Herta completou um dia de teste para a equipe britânica. Herta também estava no radar da Red Bull para substituir Pierre Gasly na AlphaTauri, mas devido ao fato dele não ter os pontos necessários para a superlicença, e a FIA não ter cedido à pressão da Red Bull para abrir uma exceção, isso acabou não acontecendo.
Na Fórmula 2, os três primeiros colocados automaticamente obtêm pontos suficientes para uma superlicença. Na Indy, apenas o campeão tem isso. As demais posições no campeonato, recebem menos pontos por padrão, do que seus equivalentes na Fórmula 2. Segundo Brown, isso está errado. Ele quer que os dois campeonatos dêem a mesma quantidade de pontos para que os pilotos da Indy possam passar para a Fórmula 1 com mais facilidade. Ele afirmou que os três pilotos que testaram para a McLaren este ano, são capazes de correr na F1. Dos três, porém, apenas Palou tem os pontos para uma superlicença porque se sagrou campeão na Indy em 2021.
As regras só podem ser alteradas pela própria FIA. O presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, ainda não disse nada sobre planos de avaliar essa situação, mas Brown está confiante de que isso acontecerá em um futuro próximo.
“O que eu vi sobre Mohammed é que ele está preparado para desafiar as regras que estão em vigor e corrigi-las no futuro”, disse Brown. “Então ele está seguindo as regras, o que eu acho que é a coisa certa a fazer. Mesmo que pensemos que as regras não são boas, como as da superlicença. Mas o que ele está muito preparado para fazer, é dizer: ‘Talvez essa não seja uma boa regra. Devemos rever essa regra e fazer uma mudança’,” acredita Brown.
Muitas pessoas no paddock da Fórmula 1 compartilham esse pensamento do chefe da McLaren. Resta agora saber se a FIA realmente pensa em estudar o caso.