Zak Brown, chefe da McLaren, afirmou que o sistema de superlicença da Fórmula 1 precisa ser revisado, depois da controvérsia em torno da elegibilidade do piloto da IndyCar, Colton Herta para poder correr na F1.
A Red Bull está interessada em ter Herta na AlphaTauri em 2023, no lugar de Pierre Gasly, que deve ir para a Alpine.
No entanto, o atual piloto da Andretti Autosport na Indy, está ‘devendo’ 8 pontos dos 40 pontos exigidos para obter uma superlicença da FIA.
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Essa situação levou a Red Bull a pressionar a FIA para obter um privilégio especial, argumentando que o histórico de Herta na Indy, mais do que justifica a autorização.
Mas várias equipes da F1, incluindo Mercedes e Ferrari, bem como o CEO da F1, Stefano Domenicali, expressaram sua oposição à FIA conceder uma isenção para Herta.
Embora todos os sinais no momento, apontem para a rejeição do pedido de tratamento especial da Red Bull, em Monza no último fim de semana, Helmut Marko permaneceu esperançoso de que a questão seja resolvida em favor de Herta.
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“Ainda não temos uma resposta”, disse Marko à SpeedCity Broadcasting. “Será por volta… o mais tardar no final do mês. Ainda estamos esperançosos.”
Herta já participou de um teste privado com a McLaren em Portimão, como parte do contrato de testes do americano com a equipe de Woking.
A McLaren seria obrigada a liberar Herta de seu contrato, para ele poder se juntar à AlphaTauri, mas Brown é a favor da FIA mostrar um pouco de flexibilidade em relação a uma situação especial, ou então deve realizar uma revisão completa do processo de superlicença.
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“Mohamed (Ben Sulayem, presidente da FIA), está fazendo muitas revisões das coisas que herdou, e acho que todo o sistema de licenciamento precisa ser revisto”, disse Brown, falando ao Racer na final da Indy no último fim de semana em Laguna Seca.
“Eu entendo que regras são regras, e não devem ser quebradas. Mas eu questiono se apenas porque são regras que estão em vigor agora, essas são as regras corretas.”
“Alguém do calibre de Colton ou do calibre de Pato (O’Ward), ou metade do grid da Indy, é capaz de correr na Fórmula 1. Mas acho que se alguém como Colton, que venceu muitas corridas na Indy, não é elegível para uma superlicença, acho que precisamos revisar esse sistema”, disse ele.
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Brown apontou para o fato de que vários pilotos da F1 não seriam elegíveis para correr na categoria, se o sistema atual estivesse em vigor no passado.
“Acho que você dá uma olhada na coisa toda, mas certamente onde a Indy está, e se você pode vencer, sete corridas… As regras foram escritas antes do meu tempo, então eu não gostaria de especular como eles criaram essas regras.”
“Eu acho que Max Verstappen não seria elegível para uma superlicença, Kimi Raikkonen não seria elegível para uma superlicença, não no formato atual. Tivemos Colton em nosso carro e ele fez um ótimo trabalho em dois dias de testes. Então, o cara pode pilotar um carro de Fórmula 1, sem erro”, acrescentou Brown.
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A discussão em torno do assunto ainda não foi finalizada, mas a maioria das pessoas no paddock da F1 é contra a FIA flexibilizar as regras, apenas para satisfazer as vontades da Red Bull.
Caso existam discussões para alterar as regras da superlicença, isso é algo que parece ser bem aceito na F1, mas quebrar uma regra em benefício de uma equipe é o que tem gerado a principal controvérsia.
