Flavio Briatore, consultor executivo da Alpine, justificou a decisão do Grupo Renault encerrar a produção de unidades de potência para sua equipe de Fórmula 1, afirmando que ‘o problema são as evidências’.
Bruno Famin, ex-chefe da equipe e atual diretor, anunciou em julho a intenção da gestão da Renault de encerrar a produção de unidades de potência de F1 em Viry-Chatillon, e transformar a Alpine em uma equipe cliente de motores. Muito provavelmente a equipe francesa deve ser cliente da Mercedes.
Ao se tornar uma equipe cliente, a Alpine reduzirá os custos de U$ 120 milhões por ano para produzir seu próprio motor, para US$ 17 milhões por ano comprando da Mercedes.
Briatore afirmou que o principal motivo que levou a Renault a tomar essa decisão, são os motores de Viry, que têm sido constantemente os piores da era híbrida da Fórmula 1, com estimativas de cerca de 20 cavalos de potência a menos que seus concorrentes.
A decisão de desviar a atenção de Viry da Fórmula 1 para áreas como Dakar, WEC, Fórmula E, além do programa de carros de rua da Alpine, foi mal recebida pelos funcionários. Na semana passada, o Conselho Social e Econômico dos funcionários da Alpine escreveu: “Não entendemos o que justifica matar essa entidade de elite que é o site de Viry-Chatillon, e trair sua lenda e seu DNA, enxertando um coração Mercedes em nosso carro da Alpine na F1”.
Briatore afirmou que essa decisão sobre abandonar o projeto de motor próprio, foi tomada antes de sua chegada como conselheiro. Briatore, uma figura controversa dentro da Fórmula 1, se declarou ‘inocente’ sobre isso e afirmou que a decisão de encerrar o projeto de motor de Viry não foi dele.
“Quanto ao motor, isso já foi decidido pela gestão, e para mim está tudo bem”, disse ele. “O que nosso presidente decidir, está tudo bem. Isso já foi decidido, pouco antes de eu chegar à equipe. Eu não sou sempre o cara mau… tudo o que você quiser me culpar, pode. Mas não isso.”
Ainda assim, o novo chefe da equipe Alpine, Oliver Oakes, se referiu ao papel de Briatore dentro da equipe anglo-francesa como ‘o tornado Flavio’, levando a especulações de que uma redução de pessoal possa ser feita para racionalizar a operação de baixo desempenho.
“Não queremos cortar nenhum emprego, queremos apenas ter eficiência”, disse Briatore. “As pessoas que querem ficar conosco são bem-vindas. Mas precisamos de todos na mesma linha. Queremos ter pessoas com experiência, pessoas trabalhando juntas como uma equipe de F1. Depois disso, não queremos demitir ninguém”, finalizou o consultor da equipe.
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Fonte: f1mania